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Queda das ações da Méliuz não é culpa da empresa, dizem analistas

06 out 2021, 18:13 - atualizado em 06 out 2021, 19:04
Méliuz
Já na comparação com um ano atrás, a Méliuz afirma ter angariado mais 9,1 milhões contas, quando sua base de usuários era de 11,6 milhões ao final de setembro de 2020 (Imagem: Méliuz/Instagram)

A Méliuz (CASH3) continua sofrendo com a alta volatilidade da Bolsa brasileira. As ações nesta sessão caíram 2,8%. No pior momento, os papéis chegaram a derreter quase 7%. Nas últimas cinco sessões, a queda chega a 15%.

Porém, enquanto no mercado acionário a empresa tropeça, no “mundo real” a Méliuz dá mostra de que continua na rota do crescimento. 

Mais cedo, a tech divulgou a sua prévia operacional. A companhia encerrou o terceiro trimestre deste ano com total de 20,8 milhões de contas abertas, crescimento de 2 milhões de contas em relação ao trimestre anterior, conforme prévia operacional.

Já na comparação com um ano atrás, a Méliuz afirma ter angariado mais 9,1 milhões contas, quando sua base de usuários era de 11,6 milhões ao final de setembro de 2020, conforme fato relevante divulgado na véspera (05), após o fechamento do mercado.

As cifras foram elogiados por analistas. Segundo a Genial, além dos bons números da companhia, a Alter, empresa especializada em criptoativos adquirida pela Méliuz, também mostrou resultados animadores.

“A Méliuz é um case interessante de opcionalidades, o que nos mantém otimistas. As recentes quedas mais têm a ver com uma questão macro do que micro”, aponta. 

A XP também vê os números como positivo. “A companhia mostra sinais de capacidade de capturar novos clientes e reter a base ativa”.

Apagão das redes sociais põe em risco ações de tecnologia do Brasil?

Se nem as big techs estão imunes aos apagões da tecnologia, como nos lembra a queda de serviços das principais redes sociais nesta semana, o que o investidor pode esperar das ações de tecnologia do Brasil no curto prazo?

A colunista Larissa Quaresma, analista da Empiricus, já deu o panorama dos nomes mais quentes no setor que despencaram no pregão do dia 04 de outubro: Banco Pan (BPAN4), Inter (BIDI4) e Méliuz que deslizaram em um dia 13%, 13% e 8%, respectivamente.

“A subida dos juros, o medo generalizado e a pane no Facebook falam mais alto”, destaca a especialista em sua coluna ao Money Times.

Facebook (FBFBOK34) ficou cerca de 6 horas fora do ar nesta segunda-feira (04), e a causa parece ter sido uma alteração no protocolo de acesso aos servidores da companhia. E em meio a todo esse alvoroço, há quem sugira que, se o problema é o Facebook, um regulador de mídia social é a solução.

Mas a questão que não quer calar é: o cerco montado de regulação que acontece com as big techs — especialmente norte-americanas e também chinesas — pode cortar o barato das ações de tecnologia do Brasil no longo prazo

“A questão regulatória é de fato um risco que paira no setor; agora, o que acontece nos EUA hoje, quanto ao cerco às big techs, está longe do cenário visto agora no Brasil, dada a elevada diferença de escala das companhias entre ambos países”, afirma Daniel Jannuzzi, especialista de investimentos e sócio da Magnetis, além de um dos idealizadores do ETF de Tecnologia (TECB11), lançado nesta semana na Bolsa de Valores brasileira.

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Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
renan.dantas@moneytimes.com.br
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