Queda das ações da Hidrovias do Brasil é exagerada. Entenda por quê?
A Hidrovias do Brasil (HBSA3), que atua no setor de logística com foco em transporte marítimo, teve bons resultados durante o segundo trimestre, segundo analistas.
E mais importante: não escondeu o jogo ao tratar das preocupações do mercado em relação a uma perspectiva de calado abaixo da média em suas operações no Corredor Sul.
Pelo lado positivo, a XP Investimentos comenta que a Hidrovias do Brasil aumentou sua capacidade de transporte nos portos de Miritituba (de 6,1 para 7,2 milhões de toneladas por ano) e Barcarena (de 6,7 para 7,2 milhões de toneladas por ano), sem necessidade de investimentos significativos, refletindo principalmente ganhos de produtividade.
Por outro lado, a corretora destaca o índice de grãos de soja danificados acima da média impactando os volumes movimentados durante o 1° semestre — houve queda de 21% no volume de grãos transportados no 2° trimestre deste ano pela Hidrovias do Brasil.
Os analistas Pedro Bruno, Gabriela Ferrante e Lucas Laghi, que assinam o relatório obtido pelo Agro Times, reconhecem que, apesar de volume menor de grão, parte do revés foi compensado por tarifas mais altas.
“A Hidrovias do Brasil reduziu a projeção financeira para 2021, mantendo as expectativas de longo prazo (guidance para 2025). Ainda assim, consideramos fundamentalmente excessiva a queda de 35% nas ações nos últimos 30 dias”, frisa o time de especialistas da XP.
A companhia lucrou R$ 97,8 milhões no segundo trimestre de 2021, revertendo o prejuízo do mesmo período do ano passado.
Confira a seguir as recomendações reunidas pelo Agro Times sobre a ação da Hidrovias do Brasil (HBSA3):
Recomendação | Preço-alvo (R$) | |
---|---|---|
Itaú BBA | Compra | 10 |
XP | Compra | — |