Queda da Selic e mais 4 gatilhos que vão impulsionar fundos imobiliários nos próximos meses
A Empiricus Research fez um estudo para mensurar as perspectivas do mercado em relação aos fundos imobiliários no segundo semestre de 2023.
Para isso, 27 gestores participaram do levantamento e compartilharam suas visões para os próximos 12 meses. Entre elas, profissionais listaram cinco temas que podem ser pontos de atratividade para os FIIs até junho de 2024.
O que pode ser atrativo para fundos imobiliários?
A expectativa para os próximos meses não poderia ser outra a não ser a redução da taxa básica de juros (Selic), sendo o principal ponto de atratividade para 48,1% dos gestores. O assunto está no radar do mercado desde o começo de 2023, como mostra a pesquisa anterior da Empiricus.
A expectativa do mercado é de que o Banco Central (BC) inicie o corte da Selic no mês que vem. Porém, a magnitude do corte ainda é o ‘X da questão’. Mas as apostas são de 0,25 ou 0,50 ponto percentual (p.p.). Hoje, a taxa básica está em 13,75% ao ano.
Entre os profissionais entrevistados, o segundo tema mais citado, por 13,5%, foi o aumento da ocupação em fundos imobiliários do segmento de tijolos.
“Com quase metade dos votos, percebemos que a perspectiva de redução da taxa de juros neste semestre se apresenta como o principal fundamento para a tese de retomada dos fundos de tijolo“, observam os analistas da Empiricus Research e responsáveis pela pesquisa, Caio Nabuco de Araujo e Pedro Niklaus.
Emissão de cotas e aluguéis estão no radar
Na pesquisa, cada gestor entrevistado poderia selecionar duas alternativas de respostas, e a terceira mais votada foi a novas emissões de cotas, no qual 11,5% deles acreditam ser um gatilho para o mercado de FIIs.
O aumento do valor médio dos aluguéis também foi lembrado, por 9,6% dos gestores. Analistas do setor vêm falando que há espaço para ajustes nos preços. Contudo, a inadimplência no pagamento das locações pode ser um ponto a ser observado.
Também 9,6% dos gestores citaram que os rendimentos de fundos de crédito e Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) é gatilho para atratividade dos fundos até junho de 2024, mesmo após a crise de inadimplência observada no primeiro trimestre deste ano.
Por fim, outros pontos comentados pelos entrevistados foram o movimento de fusões e aquisições no setor, citado por 5,8%, e valorização dos valores patrimoniais (1,9%).
Levantamento
Como pré-requisito para participar da pesquisa da Empiricus Research, foram selecionadas apenas casas que têm áreas estratégicas de alocação em FIIs, por meio de veículos listados (fundos de fundos, multiestratégia ou hedge funds) ou privados.
41 gestoras de fundos imobiliários foram convidadas. Desse total, 66% responderam ao questionário do estudo.
Participaram do levantamento: Alianza Investimentos, Autonomy Investimentos, BB Asset, Bresco, BTG Pactual, Canuma Capital, Capitânia Investimentos, Credit Suisse, Devant Asset, Hedge Investments, High Par, HSI, Kinea Investimentos, Mauá Capital, Mérito Investimentos, Plural Gestão, RBR Asset Management, Real Investor, Rio Bravo Investimentos, Safra Asset Management, SPX SYN, Tellus Investimentos, Valora, Vinci Partners, WHG e XP Asset.
Leia abaixo a pesquisa completa.