Banco Central

Queda da Selic contribuirá para o crescimento da economia, diz Goldfajn

04 abr 2017, 15:42 - atualizado em 05 nov 2017, 14:06

Kelly Oliveira – Repórter da Agência Brasil

A redução da taxa básica de juros, a Selic, contribuirá para a retomada do crescimento econômico do Brasil, afirmou hoje (4) o presidente do Banco Central (BC), Ilan Goldfajn, em audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, em Brasília.

“Do lado do Banco Central, continuaremos a trabalhar com persistência e serenidade. Estamos certos de que, em complementação a outros esforços do governo, a flexibilização da política monetária contribuirá para a retomada do crescimento. Quanto mais perseverarmos nas reformas e ajustes, mais rápida será a recuperação econômica, com geração de emprego e renda para os brasileiros”, disse.

Goldfajn afirmou que era importante fazer com que as projeções para a inflação ficassem na meta para então iniciar o corte dos juros. “Essa evidência também corrobora a necessidade de a política monetária primeiro ancorar as expectativas de inflação para depois iniciar o processo de flexibilização monetária. E não tentar o contrário, com resultados duvidosos”, destacou.

Meta inflacionária

A meta de inflação é de 4,5%, com limite inferior de 3% e superior de 6%. Na audiência, o presidente do Banco Central lembrou que a expectativa do mercado para a inflação ao final deste ano está em 4,1%. Para 2018, a projeção é de 4,5%.

“Com expectativas ancoradas, o Banco Central iniciou no final do ano passado um processo de flexibilização monetária sustentável. E há expectativa, por parte dos analistas de mercado, de flexibilização adicional no futuro”, acrescentou. Atualmente, a Selic está em 12,25% ao ano.

A Selic é um dos instrumentos usados para influenciar a atividade econômica e a inflação. Quando o Copom aumenta a Selic, a meta é conter a demanda aquecida, e isso gera reflexos nos preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Já quando o Copom diminui os juros básicos, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle sobre a inflação.