Queda da Santos Brasil, devido ao coronavírus, é exagerada, diz BTG Pactual
Desde a eclosão da epidemia de coronavírus na China, as empresas ligadas à exportação e, sobretudo, ao mercado asiático sofrem na B3. Um exemplo é a Santos Brasil (STBP3). Entre 02 de janeiro, o primeiro pregão do ano, e esta terça-feira (18), suas ações despencaram 21%, de R$ 8,27 para R$ 6,50.
No mesmo período, o Ibovespa, principal indicador da bolsa, perdeu bem menos: 3%. Para o BTG Pactual, não há motivos para uma desvalorização tão acentuada da Santos Brasil.
“Julgamos exagerado o atual desempenho das ações, abaixo do mercado (devido à desaceleração do mercado chinês)”, afirmam Lucas Marquiori e Renato Mimica, que assinam o relatório.
Os analistas reiteraram a recomendação de compra dos papéis, com preço-alvo de R$ 8 – o que indica um potencial de alta de 23% sobre o fechamento de ontem.
Anticorpos
Entre os motivos citados pelo BTG Pactual, estão a melhoria dos níveis operacionais da companhia, a maior competitividade do Porto de Santos e avanços no marco regulatório.
O banco também vê com simpatia a disposição da Autoridade do Porto de Santos, responsável por sua administração, de implantar um novo plano de expansão e zoneamento, que guiará as decisões até 2040, em substituição ao de 2006.
Entre as metas, estão o aumento, em 50%, da capacidade operacional do Porto em 20 anos, chegando a 240 milhões de toneladas, por meio da melhoria da infraestrutura logística para acessar suas instalações.
O BTG Pactual considera o reforço da logística “altamente positivo para melhorar a atual produtividade do terminal (reforçando nossa tese de recuperação de margens para a Santos Brasil)”.