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Quatro acontecimentos que poderão abalar o mundo das criptomoedas nesta semana

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The Block

23 out 2022, 13:06 - atualizado em 23 out 2022, 13:06

Uma notável falta de volatilidade entre as principais criptomoedas do mercado – bitcoin (BTC) e ethereum (ETH) – está elevando temores semelhantes aos de 2018, antes de os mercados passarem por uma capitulação.

A ausência de volatilidade das criptomoedas, combinada com a luta do iene japonês, deixou alguns negociadores inquietos. Ao mesmo tempo, o mês de outubro já foi contaminado por ataques de hackers – com participantes do mercado se questionado qual será o próximo protocolo a ser afetado.

Além disso, o fornecimento de novos ETH desde a implementação de “The Merge”, na Ethereum, deverá ser negativo – o que está dando a alguns defensores do mercado cripto um motivo para ser positivo.

Confira abaixo quais são os quatro acontecimentos que poderão abalar o mercado de criptomoedas na próxima semana.

Moeda japonesa com problemas?

Participantes no mercado de criptomoedas tiveram de acompanhar o mercado tradicional recentemente, devido à irritação pelas incertezas macroeconômicas globais. Por isso, o iene poderá receber maior destaque após as ações do Banco Central do Japão na última semana.

Na última quinta-feira (20), o BC japonês conduziu operações emergenciais para compra de títulos, no valor de US$ 1,67 bilhão, em uma tentativa de estabelecer um piso para os preços de títulos. Enquanto isso, o iene era negociado abaixo da mínima de 32 anos em relação ao dólar, enquanto os rendimentos (yields) de títulos de 5 e 20 anos aumentavam – sinalizando a falta de demanda.

A situação econômica do Japão está gerando preocupações sobre a inflação do iene. Caso o cenário se torne mais volátil no país asiático, os mercados poderão reagir – e, em qualquer momento que a inflação comanda a narrativa econômica, criptomoedas, como bitcoin, se tornam parte da discussão.

Fornecimento de ETH

Salvo uma reversão imprevista na tendência geral, o fornecimento do token nativo da rede Ethereum – ETH – poderá cair abaixo de níveis pré-The Merge, o que significa que mais moedas serão queimadas que emitidas, desde que a rede mudou o mecanismo de consenso usado, de proof-of-work (PoW) para proof-of-stake (PoS).

Cerca de 1.814 ETH (US$ 2.365.148) foram adicionados ao fornecimento da criptomoeda desde The Merge, segundo dados do site ultrasound.money. Se a mudança para PoS não tivesse acontecido, essa quantidade poderia ser superior a 454,6 mil – uma diferença de US$ 590 milhões, aproximadamente.

O fornecimento de ether tornando-se negativo após a implementação de The Merge será provavelmente celebrado entre os defensores da rede.

“Não chove, nem molha”

Embora diversos acontecimentos estejam abalando o mundo e as finanças tradicionais, o mercado de criptomoedas está inegavelmente parado em relação aos movimentos de preço.

O preço de outras criptomoedas, puxado pelo preço do bitcoin, permanece em uma escala limitada.

Mais de um analista do mercado de criptomoedas traçou comparações entre a atual estagnação no preço do bitcoin e a experienciada em 2018 – antes de uma capitulação derrubar o preço do BTC.

Outros analistas apresentam opiniões diferentes e dizem que um pivô iminente do Federal Reserve (Fed, o Banco Central dos Estados Unidos) em relação ao aumento na taxa de juros criará um piso para o preço de criptomoedas.

De qualquer maneira, o aumento da tensão da condição do mercado de “esperar para ver” é quase palpável – e um forte movimento poderá acontecer em breve.

Outubro, o mês dos hacks às criptomoedas

Outubro já provou ser o pior mês do ano em hacks para a indústria de blockchains e criptomoedas – totalizando mais de US$ 720 milhões – e será importante continuar acompanhando a próxima semana para possíveis novos hacks.

Existem poucos motivos para acreditar que não haverá pelo menos mais um hack em outubro.

Somente hoje, uma investigação conduzida pela 3Commas – plataforma de negociação com bots – e FTX – corretora de criptomoedas – revelou que as chaves de interface de programação aplicada (API) foram usadas para conduzir negociações não autorizadas para DMG – embora o valor total do dano ainda seja desconhecido.

3Commas aponta que as chaves de API não foram obtidas pela plataforma, mas, sim, roubadas por meio de phishing ou hackeadas de usuários.

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