Commodities

Quarentenas dificultam aumento de produção de cobre no Peru

05 jun 2020, 9:38 - atualizado em 05 jun 2020, 9:38
Cobre
O Peru, maior produtor de cobre depois do Chile, adotou uma abordagem mais cautelosa em relação ao vírus do que seu vizinho do sul, tendo fechado grande parte do setor por dois meses (Imagem: Pixabay)

As minas de cobre gigantes do Peru receberam autorização para retomar as operações depois de comprovar que possuem medidas de segurança contra o coronavírus. Mas o retorno à normalidade pode levar algum tempo.

Na quinta-feira, a mina Las Bambas, da MMG, disse que opera com “algumas flutuações”, pois ainda enfrenta dificuldade para funcionar com a força de trabalho total por causa de restrições de mobilidade impostas pelo governo.

Na semana passada, a Teck Resources disse que a mina Antamina vai operar com cerca de 80% da capacidade e força de trabalho reduzida e que só normalizará as operações no próximo trimestre.

A Freeport-McMoRan planeja operações limitadas na mina de Cerro Verde até junho antes de aumentar o ritmo.

O Peru, maior produtor de cobre depois do Chile, adotou uma abordagem mais cautelosa em relação ao vírus do que seu vizinho do sul, tendo fechado grande parte do setor por dois meses.

A medida contribuiu para a menor oferta global, justo quando fábricas chinesas retomam as operações.

Agora, o governo autorizou 91% das grandes operações de mineração a retomarem a produção depois de atenderem aos padrões de prevenção e controle do Covid-19. Minas e atividades de exploração de menor porte serão reiniciadas em uma segunda fase de reabertura.

Em meados de maio, o Instituto de Engenheiros de Minas do Peru estimou que a produção voltaria à plena capacidade até o fim de junho.

Mas a América Latina agora é um novo epicentro do vírus, e o Peru país registra aumento de casos, o que levou autoridades a manter as quarentenas na tentativa de conter a propagação.

“Estamos monitorando de perto a situação no Peru e seguindo o conselho das autoridades do governo e, nesta fase, é difícil estimar quanto tempo as atuais restrições podem persistir”, disse Andrea Atell, porta-voz da MMG, em e-mail.

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