Quantos bilhões de reais o Magazine Luiza (MGLU3) ganhou após pernada de 24%?
O Magazine Luiza (MGLU3) ganhou R$ 2,8 bilhões em valor de mercado nesta sessão após disparar 24,43%, segundo levantamento de Einar Rivero, consultor independente.
A ação subiu em meio ao alívio dos juros futuro, após dados de inflação nos Estados Unidos mostrarem que, no geral, os preços não aumentaram entre setembro e outubro.
O analista da Benndorf Research, João Lucas Tonello, diz que essa desaceleração indica que o Brasil consegue manter a diminuição da taxa Selic no mesmo ritmo de antes — de 0,50 ponto percentual.
“Campos Neto perde uma algema, que era: ‘não posso continuar diminuindo juros no Brasil, porque os juros os EUA ainda não vão diminuir tão cedo’”, afirma o analista.
Diante deste cenário, “todas as empresas sensíveis aos juros sobem”.
A analista da GTI Administração de Recursos, Paola Melo, ainda diz que trata-se de um movimento de apetite a risco. “Quando o mercado quer comprar risco, ele olha os nomes que mais caíram. Magazine Luiza é sem dúvidas uma empresa que caiu bastante”, ressalta.
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O que fazer com o papel do Magazine Luiza?
Para o BB Investimentos, apesar do avanço em alguns indicadores da operação da companhia, o reconhecimento de inconsistências contábeis neste trimestre adicionou maior risco à tese de investimento, a ser incorporado no modelo de avaliação nos próximos dias.
“Por essa razão, colocamos nosso preço-alvo para o final de 2024 em revisão”.
O BTG, por outro lado, sinaliza que o Magazine Luiza deverá se beneficiar da abordagem mais racional da taxa de juro e do seu modelo de negócio multicanal para alavancar a operação do mercado, juntamente com cortes nas taxas de juro no Brasil. A recomendação é de compra, com preço-alvo de R$ 6.
Já o Santander assinala que embora reconheça o esforço da empresa para “limpar” os resultados anteriores desses erros e apresentar uma ficha limpa a partir do terceiro trimestre, será um desafio para o mercado ignorar a questão do erro contábil.
A Genial destaca que apesar de acreditar no potencial de crescimento da empresa, o Magalu possivelmente enfrentará pressões de curto prazo devido à alta alavancagem (R$ 3 bilhões em dívidas a vencer no curto prazo) somada às possíveis repercussões de inconsistências contábeis divulgadas no comunicado relevante.
“Até ela endereçar essas duas questões, manteremos a recomendação neutra para a companhia”, completa.