Quanto o Santander Espanha precisa para tirar as ações do banco (SANB11) da B3? O JP Morgan fez as contas
O Santander Brasil (SANB11) impressionou o mercado com um resultado acima do esperado no quarto trimestre de 2024. Mas apesar da alta de mais de 7% no pregão desta quarta-feira (5), as ações da unidade local do banco espanhol encontram-se próximas dos menores patamares históricos.
Nesse cenário, quanto custaria para a matriz do Santander na Espanha fazer uma oferta para tirar as ações do banco da B3? Mesmo que não haja indicação do grupo de que isso venha a ocorrer, os analistas do JP Morgan resolveram fazer as contas.
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Vale destacar que o Santander Brasil possui hoje apenas 9,9% do capital em circulação na bolsa brasileira. Ainda assim, esse percentual inclui os 3,3% da Qatar Holdings, grupo de investimento do governo do Catar.
Os outros 89,5% das ações da unidade brasileira já são dos espanhóis e 0,5% estão na tesouraria do banco.
Isso significa que o grupo precisaria comprar o equivalente a apenas 4,9% do valor atual de mercado. Esse percentual equivale a aproximadamente R$ 4,9 bilhões e seria o suficiente para os espanhóis alcançarem 95% do capital necessário para tirar as units do Santander Brasil (SANB11) da B3, de acordo com os analistas.
Santander Brasil (SANB11): a conta é mais complexa
O próprio JP Morgan pondera que uma possível oferta pelas ações ainda provavelmente seria feita com um prêmio em relação às cotações atuais.
Ou seja, o Grupo Santander em tese precisaria gastar um pouco mais para obter o aval dos acionistas na B3 e também da Qatar Holdings.
“Ainda assim, o nosso exercício visa mostrar o quão viável é para o grupo deslistar o banco”, escreveram os analistas do JP Morgan, em relatório.
Os analistas têm recomendação overweight (equivalente a compra) para as units do Santander Brasil (SANB11). Mas reiteram que a indicação favorável não depende de uma eventual oferta do grupo espanhol pelos papéis na B3.
Nesta quarta-feira (5), SANB11 encerrou as negociações com alta de 6,20%, a R$ 27,08.