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“Quanto mais privatizarmos, mais promoveremos o Estado brasileiro”, diz Temer em evento do IFL-SP

23 set 2021, 11:34 - atualizado em 23 set 2021, 11:34

Para que o Brasil deixe de ser o eterno país do futuro e se transforme em um lugar que oferece um presente rico e próspero para seus cidadãos, é imprescindível prosseguir com as reformas e incentivar a iniciativa privada.

A avaliação é do ex-presidente Michel Temer, que participou nesta semana do 8º Fórum Liberdade e Democracia, promovido pelo Instituto de Formação de Líderes de São Paulo (IFL-SP).

No painel mediado pelo jornalista Felipe Moura Brasil, e que contou também com a participação de Álvaro Uribe, ex-presidente da Colômbia, Temer destacou que, apesar de tudo, o Brasil avançou desde a promulgação da Constituição de 1988.

Entre os exemplos, citou as privatizações, como a do setor de telecomunicações, as parcerias do Estado com a iniciativa privada e os programas sociais, como o Bolsa-Família e o Minha Casa, Minha Vida, responsáveis por amparar a parcela mais vulnerável da população. “Num período curto, desde a Constituição, tivemos avanços na economia e nos costumes”, afirmou.

Reformas urgentes

Para que o Brasil entre, definitivamente, na rota do desenvolvimento social e econômico, o ex-presidente enfatizou o papel das tão necessárias e sempre proteladas reformas. “Estas reformas devem prosseguir para que o Brasil deixe de ser rotulado como o país do futuro”, disse.

A iniciativa privada terá um papel fundamental nesse processo, segundo Temer. Primeiro, porque é necessário enxugar a máquina pública e, nesse processo, parte de suas funções deve ser transferida para as empresas, por meio de privatizações e concessões.

Reconhecido constitucionalista, Temer recordou que a própria Carta Magna prestigia a iniciativa privada. “Temos 78 incisos na Constituição, todos eles liberais”, explicou. Isso estimulou um progressivo envolvimento das empresas na prestação de serviços aos brasileiros que, antes, estavam nas mãos do Estado.

Para o ex-presidente, isso não pode parar. “Quanto mais privatizarmos, mais promoveremos o Estado Brasileiro”, arrematou.