Quanto as empresas de petróleo perderam por sair da Rússia? Shell prevê prejuízo de até US$ 5 bi
As empresas de petróleo e gás, que para abandonaram as operações na Rússia após a invasão da Ucrânia no final de fevereiro, agora estão alertando que isso resultará em bilhões de dólares em perdas, mostra o levantamento da Forbes.
A Shell (RDSA34) divulgou na quinta-feira (07) que a suspensão de operações na Rússia pode levá-la a registrar um prejuízo de até US$ 5 bilhões em seus lucros trimestrais.
Como muitas outras grandes empresas de energia, a Shell encerrou suas operações na Rússia após a invasão da Ucrânia pelo presidente Vladimir Putin no final de fevereiro, saindo de joint ventures com a estatal russa de gás Gazprom e encerrando seu envolvimento no projeto de gasoduto Nord Stream 2.
Prejuízo à vista
- A petrolífera britânica BP, rival da Shell, que deixou uma participação de quase 20% na produtora russa de petróleo Rosneft, alertou que as perdas potenciais podem chegar a US$ 25 bilhões;
- A gigante de energia americana Exxon Mobil (EXXO34) também encerrou as operações na Rússia, abandonando participações estimadas em cerca de US$ 4 bilhões no final de 2021;
- A gigante norueguesa de petróleo e gás Equinor está deixando cerca de US$ 1,2 bilhão em investimentos russos.
Segundo a Forbes, analistas e investidores de Wall Street ainda estão avaliando o impacto de empresas ocidentais cortando laços com a Rússia sob pesadas sanções, com o presidente Joe Biden prestes a assinar uma proibição à energia russa, que foi aprovada pelo Senado na quinta-feira.
Os especialistas da Forbes dizem que, no curto prazo, essas perdas serão amortecidas pelos altos preços do petróleo e do gás, com o setor se tornando o novo favorito de Warren Buffett e seu conglomerado de investimentos Berkshire Hathaway (BERK34).
As principais empresas de energia fornecerão mais detalhes sobre perdas potenciais com a saída da Rússia em relatórios de ganhos trimestrais. Apesar do impacto da perda de negócios, a maioria espera reportar fortes ganhos no primeiro trimestre, em grande parte graças ao aumento dos preços do petróleo e do gás.