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Quanto a Petrobras (PETR4) vai pagar em dividendos no 2T23?

19 jul 2023, 14:09 - atualizado em 19 jul 2023, 14:09
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Petrobras afirma que dividendos do 2T23 serão calculados com base em nova regra (Imagem: Agência Petrobras)

Petrobras (PETR3; PETR4) deve pagar dividendos equivalentes a 40% do seu fluxo de caixa (FCF) a partir do segundo trimestre de 2023 (2T23), avalia o Santander. Se confirmado o montante, a companhia fecharia o ano com um dividend yield de 13%, estimam os analistas Rodrigo Almeida e Eduardo Muniz.

A diretoria da estatal afirmou nesta quarta-feira (19), em conversa com jornalistas, que os proventos referentes ao período de abril a junho serão calculados com base em uma nova regra. Segundo diretor financeiro, Sergio Caetano Leite, os estudos devem ser concluídos até o fim do mês.

Em entrevista à Reuters nesta semana, O CEO da Petrobras, Jean Paul Prates, disse que as próximas distribuições deverão ser “mais ajustadas” a uma realidade em que a companhia “projeta e investe para o futuro”.

Mesmo com um eventual corte dos dividendos, os analistas do Santander seguem confortáveis com as estimativas para a Petrobras. Almeida e Muniz projetam rendimentos de fluxo de caixa de 26% e 20% e um dividend yield de 13% e 9% para 2023 e 2024, respectivamente.

O banco tem recomendação de outperfomance — desempenho potencial superior a média do mercado — para os papéis da Petrobras, com preço-alvo em US$ 19.

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O que mais muda para Petrobras?

Também em entrevista à Reuters, o CEO da Petrobras afirmou que as despesas de capital (Capex) do plano 2024-28 podem ser semelhante ao de 2023-27. Isso porque a estatal não deve mudar seus planos de investimento tão rapidamente.

Os analistas do Santander esperam esperam um Capex em linha com o plano atual — US$ 18 bilhões para 2024/25, totalizando US$ 78 bilhões no período de 2023 a 2027.

Espera-se que os investimentos permaneçam focados em exploração e produção de petróleo e gás natural, embora com maior foco na transição energética em geral, avaliam.

Em relação aos combustíveis, Almeida e Muniz, do Santander, continuam “céticos” quanto às mudanças de preços no curto prazo. “Notamos que o spread da gasolina da Petrobras caiu abaixo de sua média de 5 anos de US$ 9/bbl, embora o spread do diesel permaneça acima da média de US$ 24/bbl”, dizem.