Quando o vinho cruza sensorialmente com a cerveja? Os Valduga sabem e são campeões mundiais em beer
A distância entre os prazeres sensoriais do vinho e da cerveja parece que não é tão grande quanto parece. Para a Família Valduga, uma fração do método de produção da bebida da uva foi aplicada na bebida extraída do malte, lúpulo e leveduras, e a conhecida casa de wine agora é reconhecida como campeã mundial em beer.
Sim, a Casa Valduga, para quem não sabe, produz cerveja, há 5 anos. E a marca Cerveja Leopoldina Italian Grape Ale foi eleita a melhor no Oscar do setor, o World Beer Awards 2021, realizado em Londres, na categoria Brut Beers
E por essa categoria, marcada por uma bebida leve, delicada e de pouco amargor, se explica o desafio de “harmonizar os mundos da cerveja e do vinho, que parecia impossível”, comemora Eduardo Valduga, um dos herdeiros.
O método da Cervejaria Leopoldina, assinado pelo mestre cervejeiro Rodrigo Veronese, é o “champenoise” (Charmat), que é um dos jeitos históricos de produção dos vinhos frisantes.
E vinho frisante campeão a Casa Valduga tem também, o 130 Blanc de Blanc, reconhecido no Vinalies Internationales, de Paris, edição 2020.
As cepas de uvas dos Valduga saem de seus parreirais da Serra Gaúcha e os ingredientes da cerveja são importados, mas com o crescimento das cervejarias artesanais, que já despertaram até gigantes como a Ambev (ABEV3), o estímulo para a produção de insumos de qualidade cresce no Sul.
Além da Embrapa e Emater, estes últimos órgãos estaduais de pesquisa e transferência de tecnologia, com programas em curso, se destaca até mesmo a Ambev, incentivando a produção de lúpulo pela agricultura familiar.
Só tempo vai dizer se com mais matéria-prima à disposição, a cerveja Leopoldina pode ter algum salto, como foi o salto de produção dos vinhos, que levaram os produtos Valduga para o Brasil inteiro.
Medalha mundial e tecnologia a casa já possuem.