Quando o temor da ômicron se dissipava, cacau derrete por Rússia-Ucrânia. Pode reagir
O cacau vinha sofrendo da volatilidade explícita que a variante ômicron lançou sobre as condições de consumo, ainda lá pelos idos de dezembro, reagiu às notícias de que a baixa letalidade anularia os riscos de restrições econômicas ensaiadas pelo nível de contágio, mas encontrou pela frente o temor de guerra no Leste europeu.
A crise com o Ocidente temendo uma invasão da Rússia na Ucrânia bagunçou vários mercados de commodities nos últimos dias.
Desse modo, ao bater em quase US$ 2,7 mil a tonelada, na bolsa de Nova York (ICE Futures), o mercado, “muito comprado”, se desfez de posições e as cotações despencaram, observa o analista Adilson Reis.
Do dia 20 até está quarta, a commodity do chocolate devolveu quase US$ 250, e fechou em US$ 2,451 a tonelada.
Mas as condições de reações estão presentes, acredita o consultor baiano, a partir da entrega menor da África, entre Gana e Costa do Marfim, que, neste primeiro estágio da safra atual, já demonstram que a oferta será 10%.
Alinhado pelo balanço favorável de consumo, ainda que a covid possa permanecer assombrando por mais tempo, os fundamentos de retomada dos preços são visíveis.
Isso, inclusive, como tem registrado Reis, porque as vendas das tradings estão positivas, mostrando a elasticidade dos grandes polos consumidores, como Estados Unidos e Europa.