Economia

Quando EUA vão cortar juros? Inflação pode justificar movimento nos próximos meses, diz presidente do Fed de NY

17 jul 2024, 14:35 - atualizado em 17 jul 2024, 14:40
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Desaceleração da inflação pode justificar corte de juros nos EUA nos próximos meses, diz presidente do Fed de NY (Imagem: REUTERS/Andrew Kelly)

O presidente do Federal Reserve (Fed) de Nova York, John Williams, disse, em entrevista ao Wall Street Journal, que a continuidade da desaceleração da inflação pode justificar um corte nos juros nos próximos meses. Apesar do otimismo, ele descartou o início do ciclo já na reunião de 30 e 31 de julho.

“São sinais positivos. Gostaria de ver mais dados para ganhar mais confiança de que a inflação está se movendo de forma sustentável para nossa meta de 2%”, afirmou.

Combinado com o arrefecimento do mercado de trabalho dos EUA, as últimas três leituras da inflação estão “nos aproximando da tendência desinflacionista que procuramos”, disse Williams.

Em linha, o chair do Fed, Jerome Powell, disse esta semana que a inflação teve “mais progresso” no segundo trimestre e aumentou a confiança para cortar juros, após um primeiro trimestre estagnado.

“Tivemos três leituras melhores e, se fizermos a média delas, é uma posição muito boa”, disse na segunda-feira (15) no Clube Econômico de Washington.

Powell destacou ainda que o Fed não deve esperar a inflação atingir os 2% para iniciar o corte de juros. “Se você esperar a inflação chegar a 2%, você provavelmente esperou muito tempo”, disse.

Sobre a decisão de quando começar a afrouxar a política monetária, o chair confessou que o equilíbrio entre começar o afrouxamento monetário muito cedo ou muito tarde tem “tirado o seu sono”.

Quando os EUA vão cortar juros?

As apostas entre investidores têm se inclinado para que o Fed inicie os cortes nos juros em setembro. Segundo o monitor CME FedWatch, o Comitê pode realizar até três cortes este ano.

Atualmente, a taxa de referência nos EUA segue no intervalo entre 5,25% e 5,50% — o maior em 22 anos. As expectativas são as seguintes:

  • 31 de julho: 95,3% apostam na manutenção da taxa em 5,25%-5,50%;
  • 18 de setembro: 93,5% apostam em um corte de 0,25 ponto percentual (p.p.), levando a taxa para 5%-5,25%;
  • 7 de novembro: 59,9% apostam em um corte de 0,25 p.p., levando a taxa para 4,75-5%;
  • 18 de dezembro: 54% apostam em um corte de 0,25 p.p., levando a taxa para 4,50%-4,75%.

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