Quando a Braskem voltará a pagar os acionistas com dividendos?
A Braskem (BRKM5) viveu tempos difíceis nos últimos anos: escândalos de corrupção envolvendo a sua controladora, a Odebrecht , e o afundamento do solo na cidade de Maceió, em Alagoas, provocaram grandes “dores de cabeça” para as suas operações.
Porém, a petroquímica parece se reerguer: neste ano, os papéis acumulam alta de 151%. Além disso, a Braskem entregou bons resultados no segundo trimestre. Agora, o acionista já pode, inclusive, voltar a sonhar com o pagamento de dividendos.
Segundo o Bank Of America, em relatório enviado a clientes e obtido pelo Money Times, com a geração de caixa no azul, a empresa tem a possibilidade de distribuir dividendos ainda no primeiro semestre de 2022.
“A evolução positiva dos resultados deve permitir à Braskem continuar melhorando o perfil da dívida e financiando projetos de expansão”, afirma.
O banco iniciou a cobertura das ações com preço-alvo de R$ 84, potencial de alta de 43,6%.
Segundo o BofA, a empresa irá se beneficiar de quatro pontos:
- margens petroquímicas positivas, que devem permanecer em níveis atrativos,
- recuperação econômica
- liderança em polietileno verde
- avaliação favorável apesar do forte desempenho das ações.
Venda dos acionistas
Tanto a Novonor, antiga Odebrecht, quanto a Petrobras (participação conjunta de 74,47%), indicaram o potencial de alienação de suas participações na Braskem.
Os movimentos possíveis podem incluir a venda direta a um terceiro ou a venda das participações da Novonor ou Petrobras por meio de oferta pública.
“Tal venda pode ser precedida por um colapso da estrutura acionária (conversão de ações sem direito a voto em votantes), o que pode ser positivo para avaliações de patrimônio”, dizem.
Volta, dividendos!
Em conferência com investidores, o CEO Roberto Simões já afirmou que a Braskem avalia retomar o pagamento de dividendos, apoiada em um quadro de baixa alavancagem e resultados fortes.
“Tem espaço para pensarmos em dividendos, sim”, disse o executivo.