Qual tem sido a reação do dólar com a espera pela votação do arcabouço fiscal?
O dólar à vista fechou o pregão desta terça-feira (04) em alta frente ao real. Entretanto, sem força para se afastar dos patamares mais recentes, abaixo de R$ 5,10, com investidores à espera de novidades sobre o novo arcabouço fiscal. Além disso, o exterior contribuiu para a moeda norte-americana terminar o dia com o sinal positivo.
Com isso, a moeda norte-americana subiu pelo segundo dia seguido (+0,4%), cotada a R$ 5,08 para venda. Lá fora, o Dollar Index (DXY) caía 0,5%, aos 101,5 pontos, por volta das 18h.
Dólar em alta, mas mais próximo dos R$ 5,05
Profissionais ouvidos pela Reuters lembraram que, além de a moeda estar próxima dos R$ 5,05 – patamar que costuma atrair compradores –, nos últimos dias, houve uma reorganização de posições nos mercados de derivativos cambiais.
Na prática, segundo esses profissionais, os participantes do mercado se reposicionaram e, agora, sem notícias de impacto no cenário, há menos espaço para movimentos radicais.
Segundo a Commcor Corretora, em levantamento, de 27 de março a 3 de abril, investidores estrangeiros reduziram a posição comprada (no sentido de alta do dólar), passando de US$ 45,5 bilhões para US$ 38,4 bilhões.
Com isso, a posição comprada caiu US$ 7,1 bilhões. Os números levam em conta contratos futuros de dólar, minicontratos, cupons cambiais e swaps. No entanto, esse movimento refletiu na queda do dólar por seis pregões seguidos, até sexta-feira (31).
“Vimos que o mercado flertou com um dólar a R$ 5,02 ou R$ 5,03. Mas as posições se movimentaram bastante. Então, não há muito espaço para grandes oscilações agora”, avaliou o gerente da mesa de derivativos financeiros da Commcor, Cleber Alessie.
Importante lembrar que no fim da semana é feriado, o que reduz a liquidez nos mercados. Além disso, a agenda de indicadores é mais fraca esta semana de agenda, outro motivo para as posições não mudarem tanto no mercado doméstico. Enquanto isso, investidores seguem à espera dos desdobramentos do novo arcabouço fiscal, apresentado na semana passada.
*Com Reuters