Qual país tem o maior juro real do mundo? E o que acontece com Selic mantida a 13,75%?
O Brasil ostenta o título de país como o maior juro real do mundo, na faixa de 6,9% ao ano, levando em conta a manutenção da taxa Selic em 13,75% ao ano na reunião do Copom entre os dias 2 e 3 de maio, segundo levantamento elaborado pela gestora Infinity Asset.
O juro real já considera o desconto da inflação projetada para os próximos 12 meses, cujo IPCA é estimado em torno de 6%.
Ranking (ª) | País | Juro real (em %) |
---|---|---|
1? | Brasil | 6,94 |
2? | México | 6,05 |
3? | Chile | 4,92 |
4? | Filipinas | 2,62 |
5? | Indonésia | 2,45 |
6 | Colômbia | 1,93 |
7 | Hong Kong | 1,74 |
8 | África do Sul | 1,60 |
9 | Israel | 1,57 |
10 | Índia | 1,29 |
11 | China | 0,37 |
12 | Estados Unidos | 0,36 |
13 | Hungria | 0,34 |
14 | Rússia | 0,19 |
15 | Nova Zelândia | 0,15 |
16 | Malásia | 0,11 |
17 | Reino Unido | -0,15 |
18 | Suíça | -1,30 |
19 | Taiwan | -1,53 |
20 | Japão | -1,54 |
Considerando apenas a taxa nominal, que é de 13,75%, o Brasil tem a segunda maior do planeta, perdendo apenas para a Argentina, na casa dos 80%.
No entanto, com a inflação no país vizinho devendo superar os 100% nos próximos 12 meses, o juro real argentino é negativo (-19%), o menor do mundo.
Ranking (ª) | País | Juro nominal (em %) |
---|---|---|
1? | Argentina | 78 |
2? | Brasil | 13,75 |
3? | Hungria | 13 |
4? | Colômbia | 12,75 |
5? | Chile | 11,25 |
6 | México | 11 |
7 | Turquia | 8,5 |
8 | Rússia | 7,5 |
9 | África do Sul | 7,25 |
10 | República Tcheca | 7 |
11 | Polônia | 6,75 |
12 | Filipinas | 6 |
13 | Indonésia | 5,75 |
14 | Índia | 5,4 |
15 | Hong Kong | 5 |
16 | Estados Unidos | 5 |
17 | Nova Zelândia | 4,75 |
18 | Canadá | 4,50 |
19 | China | 4,35 |
20 | Israel | 4,25 |
Mesmo que o Copom possa surpreender o mercado, o Brasil lidera com folga o ranking de países com maior juro real do planeta, acima de México (6,0%), Chile (4,9%), Filipinas (2,6%) e Indonésia (2,4%), que integram os cinco primeiros colocados.
Queda da Selic
Embora as apostas praticamente descartem aumento ou queda de juros na reunião do Copom em maio, a curva futura de juros já precifica os primeiros cortes da taxa Selic a partir de agosto e setembro.
A tramitação do novo arcabouço fiscal no Congresso Nacional, somado com o ambiente de melhora das projeções de inflação no Brasil, corroboram para o espaço de queda da taxa nominal, e consequentemente do patamar de juro real.
Caso a taxa Selic caísse dos atuais 13,75% para a banda de 13,50% ao ano, o levantamento gestora calcula que o juro real do Brasil seria de 6,84%, contra os atuais quase 7%.
Por outro lado, caso o Banco Central tenha que elevar a taxa básica de juros dos atuais 13,75% para o intervalo de 14,25%, isso significaria atingir uma faixa de juro real de 7,06%.
Veja o ranking completo elaborado pela Infinity Asset e o portal MoneyYou: