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Qual o melhor modelo de privatização para a Petrobras (PETR4)? Veja o que diz o ex-conselheiro da companhia

03 jun 2022, 15:00 - atualizado em 03 jun 2022, 14:58
petrobras
“A Petrobras já vem realizando ‘privatizaçõezinhas’ ao longo dos anos”, diz Ferreira (Imagem: (Tânia Rêgo/Agência Brasil/Flickr)

O melhor molde para uma possível privatização da Petrobras (PETR3; PETR4) é através da venda de fatias da empresa, é o que afirma Guilherme Affonso Ferreira, sócio-fundador da Teorema Capital e conselheiro da petroleira entre 2015 e 2018.

Segundo o executivo, a Petrobras já vem realizando “privatizaçõezinhas” — vendas de pequenos pedaços da companhia — ao longo dos anos. Para o ex-conselheiro, tal método se mostra “muito mais fácil e efetivo, pois não necessita da aprovação do Congresso”.

Ferreira ainda lembra que, se fosse privatizada do tamanho que é hoje, a petrolífera seria um semimonopólio, que abalaria a concorrência do mercado e, consequentemente, impactaria no bolso dos consumidores.

O assunto da desestatização da Petrobras voltou as manchetes na segunda-feira (30), quando o Ministério das Minas e Energia notificou que encaminhou ao Ministério da Economia uma solicitação de qualificação no âmbito do Programa de Parcerias de Investimentos.

Na quinta-feira (3), o Conselho do Programa de Parcerias de Investimentos (CPPI) qualificou a inclusão da estatal para estudos de avaliação para privatização.

‘Privatizaçõezinhas’

O ex-conselheiro da companhia afirma que, por ser um processo “doloroso”, qualquer um que tentar trilhar o caminho da privatização da Petrobras vai passar por “dificuldades enormes”.

Para ele, uma saída para tal desafio é a venda de partes da empresa, que, inclusive, já vem sendo feita.

Ferreira lembra que, em seu tempo na Petrobras, o conselho recebia muitos subsídios de partes que poderiam ser vendidas dentro da empresa. “As áreas internas da própria Petrobras sempre enxergavam e traziam boas oportunidades de venda que se efetivaram de uma boa maneira”, reitera.

O ex-conselheiro ainda destaca que as vendas de fatias da companhia, como de alguns refinos, seria um grande incentivo para estabelecimento das regras de concorrências de mercado.

“O papel quase monopolista da Petrobras traz uma posição de mercado difícil. Mesmo nos regimes capitalistas há órgãos de controle sobre qualquer monopólio, e a Petrobras seria um semimonopólio, se fosse privatizada do tamanho que é hoje”, afirma Ferreira.

“A concorrência é a grande reguladora de mercado, ela é a defesa do consumidor”, comenta.

Para ele, a venda da Petrobras inteira para um único dono ainda quebraria a empresa.

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