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Qual é o tamanho do ‘buraco’ na carteira de Lemann após rombo da Americanas (AMER3)

20 jan 2023, 18:05 - atualizado em 20 jan 2023, 22:00
Lemann
Homem mais rico do Brasil perdeu R$ 3 bilhões em derrocada da Americanas. (Imagem: Facebook/Jorge Paulo Lemann)

Uma semana bastou para que o valor de mercado da Americanas (AMER3) encolhesse em 16 vezes o seu valor de mercado.

Agora, com a recuperação judicial decretada, as ações da empresa, negociadas a incríveis R$ 0,67 (em 2020, esse mesmo papel chegou a valor R$ 110) vagam melancolicamente pelos momentos finais do último pregão que antecede a sua saída do Ibovespa.

Além das incontáveis implicações jurídicas, sociais e para os mercados, a queda da Americanas trouxe ranhuras também para o patrimônio dos principais acionistas, entre eles Jorge Paulo Lemann.

Como reportado pelo Money Times, o baque inicial para o patrimônio do homem mais rico do Brasil foi de R$ 2 bilhões, suficiente para rebaixá-lo a 105ª  posição na lista de bilionários do mundo da Forbes.

Após todos os eventos que cercaram a varejista essa semana, o bilionário assumiu uma perda adicional de US$ 200 milhões (cerca de R$ 1 bilhão).

Ao todo, o trio de acionistas da 3G Capital (que incluem ainda Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira) perdeu R$ 6 bilhões, sendo que R$ 3 bilhões correspondem a perda de Lemann desde que a Americanas anunciou o rombo.

Considerando prejuízo inicial de R$ 2 bilhões registrados na quinta passada, o rombo para o bolso de Lemann equivale a cinco Americanas. O valor atual de mercado da empresa é de R$ 600 milhões.

E agora Lemann? Americanas entra em recuperação judicial

A justiça aceitou, na última quinta-feira (20), pedido de recuperação judicial feita pela Americanas (AMER3). A varejista tem 180 dias sem a execução de qualquer dívida e 60 dias para apresentar uma proposta de recuperação.

A varejista divulgou uma nota afirmando que o processo de recuperação judicial era necessário devido à queima de caixa, que é de “apenas R$ 800 milhões”.

Os advogados afirmam que “os valores das inconsistências eram da ordem de R$ 20 bilhões” no fim de setembro passado, “o que poderá elevar o endividamento financeiro do grupo para o montante aproximado de R$ 40 bilhões”.

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