Qual é o melhor investimento para o longo prazo?
Se você está pensando nas reservas financeiras para o futuro, é normal que tenha dúvidas sobre qual o melhor investimento para o longo prazo.
Pois saiba que não existe uma resposta única para essa questão. Isso porque escolher o investimento mais adequado depende de vários fatores, como perfil do investidor, momento de vida e expectativas financeiras que você tem para o futuro.
E como saber qual o melhor investimento para o longo prazo?
Se a sua prioridade é a rentabilidade da sua carteira, então deve estar preparado para assumir mais risco nos investimentos.
No entanto, se você não abre mão da estabilidade para o seu patrimônio, saiba que, muitas vezes, precisará sacrificar chances de maiores ganhos.
Dito isso, vamos ver agora algumas boas opções que a gente preparou para você começar a programar as suas reservas para o futuro. Continue a leitura!
LCIs e LCAs
Vamos começar pelos investimentos de menor risco da lista: as letras de crédito imobiliário (LCIs) e do agronegócio (LCAs).
As LCIs e LCAs são títulos de renda fixa emitidos por bancos, cujo objetivo é captar recursos para financiar atividades imobiliárias (LCI) e do agronegócio (LCA). Justamente por financiarem atividades desses dois setores, esses investimentos são indicados para o longo prazo. Ou seja, tanto empreendimentos imobiliários quanto projetos do agronegócio necessitam de prazos maiores para serem concluídos.
Em relação à remuneração, esses títulos podem ser prefixados, pós-fixados ou híbridos. No caso dos pós-fixados, normalmente o benchmark é o CDI. Já nos híbridos (que misturam taxa prefixada e pós-fixada) é mais comum que a parte pós-fixada seja indexada ao IPCA, o índice oficial da inflação no Brasil.
Uma das grandes vantagens das LCIs e LCAs é a isenção de imposto de renda sobre os rendimentos. Isso faz com que esses títulos, muitas vezes, sejam bem mais rentáveis do que a média dos investimentos em renda fixa.
Ações
As ações são os investimentos mais lembrados quando falamos em bolsa de valores. Embora elas também sejam utilizadas em estratégias de curto e curtíssimo prazo para especulação (como o day trade), conceitualmente as ações são investimentos ideais para o médio e longo prazo. Isso porque uma das características do mercado acionário é a sua volatilidade e, no longo prazo, as oscilações desses investimentos tornam-se mais diluídas.
Para investir em ações, é importante que você conheça os setores nos quais as empresas são classificadas na bolsa. Além disso, para que possa montar uma carteira bem diversificada, é preciso saber quais são as blue chips, as mid caps e as small caps da bolsa.
Outro ponto importante é a análise de indicadores financeiros para selecionar as melhores companhias para investir. Nesse sentido, a análise fundamentalista é um instrumento importante para o investidor. Saiba mais a respeito neste artigo.
Debêntures
As debêntures fazem parte da categoria de renda fixa chamada “títulos de crédito privado”. Assim como as ações, elas são emitidas por companhias para captação de recursos para o financiamento de suas atividades.
No entanto, a diferença entre debêntures e ações está na relação entre o investidor e a empresa. Quem adquire uma ação, passa a ser sócio da companhia, com direito inclusive ao recebimento de dividendos. Já quem investe em uma debênture, torna-se credor da empresa. Ou seja, empresta dinheiro para a organização em troca de uma remuneração pré-definida.
Normalmente, as empresas emitem debêntures para custear projetos ou dívidas de prazos mais longos. Por isso, esses títulos também são investimentos que costumam ser de médio e longo prazo.
O rendimento das debêntures tem incidência de imposto de renda conforme a tabela regressiva das aplicações de renda fixa. Porém, existem as debêntures incentivadas, que são isentas de IR por captarem recursos para obras essenciais para o país, como infraestrutura, por exemplo.
BDRs
Os BDRs (Brazilian Depositary Receipts) são uma forma de investir em empresas no exterior sem precisar abrir uma conta lá fora. Esses títulos representam ações de companhias estrangeiras, mas são negociados na bolsa brasileira.
Gigantes como Amazon, Apple, Microsoft, Disney, Tesla, Citigroup, entre outros, comercializam BDRs no Brasil. E, desde outubro de 2020, esses investimentos estão acessíveis ao público em geral (antes eram restritos a investidores qualificados).
Além de serem uma boa alternativa de investimento para o longo prazo, os BDRs proporcionam diversificação internacional, pois seguem o desempenho das empresas que representam.
Fundos Imobiliários
Os fundos imobiliários (FIIs) foram uma das modalidades que mais sofreram com a recente crise financeira iniciada na pandemia.
Isso porque esses investimentos têm relação direta com o mercado imobiliário comercial e corporativo do país, e o que vimos foram empresas e shoppings fechando no último ano por causa das medidas de segurança impostas pelo isolamento.
No entanto, exceto por esse período atípico da economia, muitos FIIs costumam apresentar altas rentabilidades e pagam bons dividendos aos cotistas. Com a retomada da atividade econômica, espera-se que esses investimentos também voltem a proporcionar bons ganhos para os investidores.
Existem diferentes tipos de fundos imobiliários no mercado. Saiba mais sobre esse investimento neste artigo.
Fundos Multimercados
Como o próprio nome diz, esses fundos investem em ativos de diversos mercados. A grande diferença entre os multimercados e os outros fundos é que, aqui, o gestor tem total liberdade para alocar o patrimônio do fundo nos ativos que desejar.
O objetivo desses fundos é buscar sempre a máxima rentabilidade para o cotista. Dessa forma, os multimercados investem em modalidades mais arriscadas, como ativos cambiais e derivativos, por exemplo. Por isso, eles costumam ser mais arriscados do que outras classes de fundos.
Uma vez que estão expostos a diversas categorias de ativos, os fundos multimercados também apresentam alta volatilidade, o que faz com que sejam um investimento mais adequado para o longo prazo.