Comprar ou vender?

Qual é a elétrica que caiu nas graças do Itaú (e paga dividendos)

19 set 2024, 15:58 - atualizado em 19 set 2024, 17:17
ISA Cteep
(Imagem: iStock/:Buonaventura1955)

O Itaú BBA revisitou o setor elétrico e elevou a recomendação da ISA Cteep (TRPL4) de neutra para compra, com preço-alvo de R$ 31,5, antes em R$ 26,5, o que abre potencial de alta de 28%.

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Na bolsa, a companhia não vive os seus melhores dias. O papel acumula queda de 5,65% no ano, em meio à pressão da venda da participação da Eletrobras (ELET3). Porém, na visão do BBA, é justamente esse recuo que torna o papel interessante.

Os analistas recordam que enquanto a ISA caiu, os retornos estão em 9,6% em comparação com as outras ações do segmento, ao passo que veem a elétrica negociando a uma TIR (taxa interna de retorno) de 9,6%, “um potencial de alta interessante dado seu negócio de risco baixo”.

Ainda segundo o BBA, as estimativas refletem:

  • o resultado final da última redefinição tarifária para a concessão renovada;
  • uma perspectiva mais otimista para investimentos brownfield (melhorias em áreas já usadas);
  • e um fluxo de pagamento mais longo relacionado ao componente econômico do RBSE, que, na prática, é o quanto a empresa recebe pela distribuição e transmissão de energia elétrica.

O BBA ainda vê a companhia pagando altos rendimentos de dividendos de um dígito no curto a médio prazo, potencialmente atingindo 8,7% em 2024 (acima de seus pares), assumindo um pagamento de 75%.

As ações da Cteep são agora as mais líquidas entre as transmissoras.

Transmissão é neutra para BTG

No mês passado, o BTG Pactual também atualizou a recomendação para a companhia. Segundo os analistas, a empresa negocia a uma TIR real implícita de 7%, contra 6% para os títulos do Tesouro brasileiro. Ou seja, o papel não está tão atrativo. A recomendação é neutra.

“Também observamos que um risco de pressão relacionado a futuros desinvestimentos da Eletrobras pode continuar a pesar sobre as ações”, dizem os analistas.

Em relação à sustentabilidade dos dividendos da companhia, reconhecida como boa pagadora, o BTG pontua que a política estabelece um payout (parte do lucro reservado para dividendos) mínimo de 75% dos lucros regulatórios se a alavancagem permanecer abaixo de 3 vezes, na relação dívida líquida/Ebitda.

No segundo trimestre de 2024, a alavancagem atingiu 2,5 vezes. Porém, no próximo ano, a alavancagem poderá ultrapassar a marca de 3 vezes em 2025, forçando a elétrica a reduzir seu payout, resultando em dividends yelds menos atraentes.

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Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
renan.dantas@moneytimes.com.br
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