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Quais são os motivos para comprar cobre, segundo especialista da Goldman Sachs

21 maio 2024, 20:07 - atualizado em 21 maio 2024, 20:07
cobre
Quais os 3 motivos para comprar cobre, segundo especialista em commodities (Imagem: Pixabay/Alexas_Fotos)

Com os problemas na oferta de cobre, o metal está se tornando consideravelmente mais caro. Pelo menos é o que Jeff Currie, especialista e ex chefe de pesquisa de commodities no Goldman Sachs, acredita. 

Apenas em 2024, o metal já subiu mais de 21% e, de acordo com as expectativas de Currie, deve alcançar US$ 15.000 por tonelada nos próximos anos. A partir dos níveis atuais, isso representa uma alta de aproximadamente 46%.

Dessa forma, este ganho reflete o desequilíbrio sem precedentes entre oferta e demanda do cobre, com a demanda pelo metal se aprofundando e a falta de investimento e produção.

Segundo o especialista, existem três motivos pelos quais isso não será uma moda passageira.

1° motivo:

De acordo com observações feitas por Currie, os grupos de baixa renda são os maiores consumidores de commodities. Portanto, políticas de redistribuição de riqueza para estes grupos são um impulso para materiais como o cobre.

“Você olha para a baixa taxa de desemprego, quem é o maior beneficiário disso? São os grupos de baixa renda e, como se sabe, a política ainda está muito em jogo em todo o mundo agora, reforçando esses grupos de baixa renda no consumo de commodities”, afirmou Currie.

2° motivo:

Além disso, o especialista também ressaltou que o aumento das políticas ambientais desencadeou uma corrida por cobre em toda a indústria. O metal, que é usado desde painéis solares até baterias de veículos elétricos, está desempenhando um papel central na transição ecológica mundial.

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Currie também menciona que a inteligência artificial está amplificando a demanda da indústria. Isso porque a tecnologia emergente depende de uma rede elétrica aprimorada, algo que será efetivamente determinado pelo cobre.

3° motivo:

Por fim, Currie destaca que a desglobalização se tornou um tema muito maior do que os analistas imaginavam. Dessa forma, isso se traduz em um aumento nos gastos militares, com os Estados Unidos destinando US$ 95 bilhões para munições.

No entanto, isso ainda não precipitou um aumento do lado da oferta. Os estoques reduzidos não tiveram ajuda da produção de mineração, que estagnou devido a desafios políticos e financeiros.

Em um exemplo, uma mina no Panamá, responsável por 1,5% da produção mundial, está parada desde novembro.

De acordo com o especialista, parte disso se deve ao fato de que grandes investidores do setor ainda relutam em investir em novos projetos, preferindo adquirir minas já existentes por meio de fusões e aquisições.

“Isso tem sido praticamente o caso em todo o setor, onde estão encontrando maneiras de aumentar a oferta, especialmente através de atividades de M&A em vez de fazer isso por meio de investimento orgânico, digamos, em novos projetos”, afirmou.

*Com informações do Business Insider

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