Quais são os legados da pandemia para a Fleury? O BTG Pactual responde
A Fleury (FLRY3) impressionou a equipe de análise do BTG Pactual (BPAC11) com sua habilidade de navegar pela crise. Em uma conversa realizada com executivos da companhia, o banco chegou à conclusão de que os principais legados da pandemia para a empresa foram o ganho de espaço para a transformação digital e a implantação de serviços de atendimento residenciais.
“A administração acredita que um efeito positivo da covid-19 no setor de saúde é o uso adicional de ferramentas digitais. A Fleury lançou diversos produtos novos e uma plataforma de telemedicina, e seus canais digitais, que costumavam representar 15% das interações com os clientes, alcançaram mais de 50% durante a quarentena. Enquanto isso, os serviços residenciais atingiram 12% de toda a receita de serviços em junho. Isso pode ser uma oportunidade para a Fleury, uma companhia na vanguarda destas tendências”, comentaram os analistas Samuel Alves e Yan Cesquim.
A companhia continua expandindo seus testes de covid-19. Aproximadamente 400 mil exames foram realizados até o momento pela Fleury, representando 15 a 20% das receitas atuais.
Alves e Cesquim destacaram que, apesar de compensarem a queda da taxa de frequência em laboratórios, os serviços de covid-19 cairão com o fim da pandemia.
Momentum de ganhos baixos
O BTG manteve recomendação neutra para a Fleury devido aos desafios do cenário atual. Além disso, as baixas taxas de frequência devem pesar nos resultados do segundo trimestre.
Por outro lado, o banco estabeleceu um novo preço-alvo para o papel, de R$ 26.
Novo mercado
Com a flexibilização das restrições de deslocamento, diversas empresas retomaram as atividades e ligaram o alerta máximo contra o coronavírus. Atenta às novas demandas dos mercados, a Fleury criou um serviço para atender empresas em fase de retomada pós-covid.