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Quais são as próximas líderes do mercado financeiro? Estimativa aponta mais 132 anos para paridade de gênero

23 jul 2022, 11:59 - atualizado em 25 jul 2022, 8:27
Mulher Empresa Trabalho
Mudanças na carteira do índice da Teva reflete melhora da diversidade de gênero na liderança das companhias (Imagem: Pixbabay/089photoshootings)

No ritmo atual de progresso, o Fórum Econômico Mundial estima, em seu relatório de 2022 sobre a diferença global de gênero, que serão necessários mais 132 anos para a plena paridade global de gênero. Em 2020, essa projeção era de 100 anos. 

O relatório anual examina quatro métricas principais de paridade de gênero: participação econômica e oportunidade, nível educacional, saúde e sobrevivência e empoderamento político. 

Enquanto isso, o índice Teva Mulheres na Liderança, que seleciona as companhias com maior participação de mulheres em órgãos de governança, recebeu, no rebalanceamento de julho, 16 novas empresas que têm, pelo menos, uma mulher no conselho de administração.

Segundo a Teva Indices, responsável pelo índice, as novas integrantes são Weg (WEGE3), Suzano (SUZB3), Vibra Energia (VBBR3), Energisa (ENGI3), Gerdau Metalúrgica (GOUA4), SulAmérica (SULA11), CPFL (CPFE3), Soma (SOMA3), Arezzo (ARZZ3), Auren (AURE3), Via (VIIA3), AES (AESB3), Aliansce Sonae (ALSO3), Grupo Mateus (GMAT3), Gol (GOLL4) e Positivo (POSI3).

A Teva ressalta que os dados revelam uma evolução, mas o caminho para igualdade ainda é longo. “Todos os órgãos de governança acompanhados apresentaram maior presença de mulheres quando comparados com o último rebalanceamento, em abril deste ano”, afirma.

Além disso, a lista de estrelas em ascensão da Financial News mostra que a indústria de serviços financeiros, que tem sido criticada há muito tempo pela falta de mulheres em cargos de chefia, traz nomes em potencial para serem as futuras lideranças. 

A lista apresenta mulheres líderes no JPMorgan, Goldman Sachs, Alantra, Bank of America, Morgan Stanley, Lazard e Jefferies.

As próximas líderes do mercado financeiro

As mudanças na carteira do índice da Teva é reflexo da melhora da diversidade de gênero na liderança das companhias, que, na prática, é evidenciado pelo aumento de mulheres na lista da Financial News.

Segundo dados da Teva, hoje, 69% das companhias têm uma mulher no conselho de administração. Em 2016, era apenas 36%. Já com, pelo menos, duas mulheres no conselho, o número cai ainda mais, com só 27,2%.

A lista de estrelas da Financial News deste ano apresenta 8 mulheres de um total de 25 estrelas em ascensão no mercado financeiro. Embora haja mais a ser feito para aumentar o número de negociantes do sexo feminino, há muito talento na lista, que tem o potencial de ser futuros líderes na indústria. 

Veja os nomes:

  • Aditi Venkatram, diretora executiva, ECM, Jefferies International Limited;
  • Mose Adigun, diretora administrativa, JPMorgan;
  • Silvia Biscaldi, diretora administrativa de produtos alternativos de ações, Goldman Sachs;
  • Jelena Djuric, diretora administrativa, Goldman Sachs;
  • Oriane Durvye, sócia-gerente, Alantra;
  • Riddhima Khanna, diretora de finanças alavancadas, Emea, Bank of America;
  • Evelyn Phan, diretora executiva, Morgan Stanley;
  • Fariza Steel, diretora administrativa, Lazard;

Onde a paridade de gênero é maior?

Apesar da grande lacuna na paridade de gênero no mercado de trabalho, algumas nações estão se saindo muito melhor do que outras.

O Fórum Econômico Mundial lista os 10 principais países que estão mais próximos de alcançar essa paridade (a pontuação de 100% significa paridade total): 

  1. Islândia: 90,8%
  2. Finlândia: 86,0% 
  3. Noruega: 84,5% 
  4. Nova Zelândia: 84,1% 
  5. Suécia: 82,2% 
  6. Ruanda: 81,1% 
  7. Nicarágua: 81,0% 
  8. Namíbia: 80,7% 
  9. Irlanda: 80,4% 
  10. Alemanha: 80,1% 

O índice Teva Mulheres na Liderança

O índice Teva Mulheres na Liderança é replicado pelo ETF ELAS11, que foi lançado em março deste ano e é o primeiro fundo de ESG focado na diversidade de gênero no mercado brasileiro.

O ELAS11 é gerido pela Safra Asset e negociado na B3, a Bolsa de Valores brasileira.

O índice acumula, entre julho de 2016 — início do acompanhamento do índice — e o fechamento de junho deste ano, valorização de 95,5%, contra 88,7% do Ibovespa (IBOV).

Já em 2022, o índice teve uma performance negativa de 5,7% até o dia 12/07, contra queda de 6,2% do Ibovespa no mesmo período.

Por: Gabriela Occhipinti e Giovana Leal

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