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Quais foram as ações favoritas dos grandes investidores em novembro? Veja estudo

23 dez 2019, 19:45 - atualizado em 23 dez 2019, 19:45
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Confira levantamento realizado com grandes investidores (Imagem: Reuters)

Por SmartBrain

A ação da CVC (CVCB3), operadora de viagens, foi Top 1 na preferência dos grandes investidores em novembro, de acordo com o Big Data SmartBrain.

Com a retomada da economia, o gradual de aumento da oferta de crédito e a diminuição do endividamento das famílias, o setor de turismo poderá ser cada vez mais beneficiado, segundo analistas.

A CVC tem atuado para diversificar a base de clientes e continua expandindo a sua atuação tanto nas lojas físicas quanto na sua plataforma digital.

Para analistas, o papel estava descontado diante da possibilidade de a companhia reverter os resultados negativos devido a prejuízos que a CVC sofreu com a recuperação judicial da Avianca e o cancelamento de voos, situação que fez com que arcasse com reembolsos e hospedagens dos clientes.

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Petrobras

Desde o início de 2019, a Petrobras (PETR3PETR4) figura entre as ações mais investidas. No mês passado, foi a segunda no ranking.

A companhia participou em novembro do leilão de áreas na Bacia de Santos, que são bastante produtivas para a exploração de óleo e de gás. A Petrobras está conseguindo reduzir o seu endividamento e custos operacionais.

Petrobras é uma das favoritas dos grandes investidores (Imagem: Valter Silveira/Money Times)

Além disso, vem tendo sucesso no seu plano de venda de ativos, diminuindo a participação na área de refino, colocando foco na extração de petróleo, incluindo o Pré-Sal.

O alívio na disputa comercial entre os Estados Unidos e a China e o anúncio de redução da oferta de petróleo pela Opep também favorecem a empresa.

Varejo

No setor varejista, as ações mais procuradas em novembro foram a Via Varejo (VVAR3) e Magazine Luiza (MGLU3), que devem ser beneficiadas pelas melhorias no cenário macroeconômico, especialmente pela queda da taxa básica de juros e a possibilidade de retomada do consumo.

No caso da Via Varejo, o mercado está confiante em relação à qualidade da nova gestão e ao plano de reestruturação estratégica e operacional que deve ser implementado com o retorno de Michael Klein ao conselho de administração da companhia.

Já a Magalu apesar de ter subido 100,27% entre janeiro e novembro, continuou sendo bastante procurada após a apresentação de resultados positivos no terceiro trimestre.

Varejista aparece entre maiores destaques (Imagem: Reuters/Paulo Whitaker)

De forma geral, a avaliação dos analistas é otimista em relação a seu crescimento. Após a compra da Netshoes, há espaço para avançar em artigos esportivos e a empresa está investindo em logística e em multicanais, inclusive fechou recentemente uma parceria com a Linx, empresa de software de gestão de varejo.

Produtoras de carne

Também aparecem na lista JBS (JBSS3) e BRF (BRFS3), grandes produtoras e exportadoras de proteína animal. As empresas têm ganhado espaço no mercado diante do surto de gripe suína que afetou grande parte da produção da China.

Outro fator que favorece as companhias é que o governo está negociando uma diminuição ou até mesmo isenção da taxa de importação que a China exige das carnes da América do Sul.

A Vale (VALE3), que estava em terceiro lugar em outubro, desceu para a sexta posição, porém desde o começo do ano se destaca entre as favoritas.

A companhia segue descontada em relação aos seus competidores no mercado internacional, principalmente em relação às mineradoras australianas. A mineradora investe na modernização das barragens e em atividades produtivas mais eficientes.

As ações de companhias do setor financeiro também são prediletas dos investidores alta renda e private. Em novembro, as mais escolhidas foram Banco do Brasil (BBSA3), Bradesco (BBDC4) e B3 (B3SA3).

Em relação aos 10 top fundos de ações preferidos, o Equitas Selection FC FIA continuou no primeiro lugar em novembro. O Brasil Capital 30 FC FIA trocou de lugar com o Moat Capital FIC FIA, subindo da terceira para a segunda posição.

As novidades no mês passado foram os fundos ARX Income FI em Ações e o BTG Pactual Absoluto LS FIC FI Ações. Deixaram a lista dos 10 favoritos, o Alaska Black Institucional FI Ações e o HIX Capital FC FIA.

Os outros fundos seguiram como os favoritos de um mês para o outro, mesmo com algumas mudanças de posições.

Os fundos de ações preferidos em novembro:

Entenda o que aconteceu no mercado

A bolsa fechou a 108.233 pontos em novembro, alta de 0,95%. No acumulado do ano, a valorização foi de 23,15%.

Diversos eventos foram destaque ao longo do mês. Um dos principais, foi a frustração com o resultado do megaleilão de quatro áreas de petróleo na Bacia de Santos (RJ), que foi dominado pela Petrobras, teve baixa concorrência e arrecadou apenas dois terços do total esperado.

Além disso, em novembro, o ex-presidente Lula foi solto e o mercado avaliou que a interpretação do Supremo Tribunal Federal (STF) que derrubou a prisão em segunda instância, antes do trânsito e julgado, poderia gerar insegurança jurídica.

Fernandéz aparece como ameaça à estabilidade política na Argentina (Imagem: Alberto Fernandéz/Facebook)

Na América Latina, persistiu o cenário conturbado. No Chile, se intensificaram as manifestações da população contra o governo devido à perda do poder de compra e reivindicando mudanças em tributos e no sistema de previdência.

Na Argentina, vigoraram as incertezas se o presidente eleito Alberto Fernandez, do partido peronista, terá condições de reverter a crise econômica e renegociar a dívida com o FMI.

Outro ponto foi ameaça de conflito na fronteira entre a Colômbia e Venezuela.

Por sua vez, a possibilidade de um acordo comercial entre os Estados Unidos e a China, acalmou o mercado.

Cenário interno

Por aqui, as perspectivas para a economia brasileira se tornaram mais positivas.

As 100 instituições financeiras que participam do relatório Focus do Banco Central elevaram a previsão de crescimento do PIB neste ano, de 0,92% para 0,99%. Para 2020, a projeção feita pelos agentes de mercado também subiu, de 2,17% para 2,20%.

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