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Quais empresas de shoppings devem sofrer mais com a reforma tributária?

23 jul 2020, 12:33 - atualizado em 23 jul 2020, 12:33
Iguatemi IGTA3 Shoppings
O Credit Suisse manteve preferência por Multiplan e Iguatemi, empresas com portfólios dominantes e maior poder de barganha (Imagem: Reuters/Nacho Doce)

As empresas de shopping centers já estão sentindo o impacto da reforma tributária. Segundo o Credit Suisse, os nomes do setor apresentaram uma queda de 4,5% ontem (22) após a entrega da primeira fase do projeto ao Congresso.

A reforma tributária contempla a união do PIS Cofins em um único imposto: a Contribuição Social sobre Operações com Bens e Serviços (CBS). A proposta sugere o aumento da alíquota sobre as operadoras, o que, no pior cenário, pode ser de aproximadamente 5% da receita líquida e 10% do FFO (Funds From Operations, em inglês) dos shoppings.

Na avaliação do banco, a Multiplan (MULT3) sentiria o menor impacto, de 6%, já que tem uma proporção maior de receita dentro do regime de “lucro real”. Iguatemi (IGTA3) e brMalls (BRML3), por outro lado, teriam um impacto entre 10 e 12%.

Apesar das projeções negativas, o Credit Suisse destacou que o cenário-base não é tão drástico.

“Acreditamos que as companhias poderão compensar o aumento por meio de novas taxas de crédito, potencial redução de pagamentos de taxas e, finalmente, repassando parte do imposto para os inquilinos”, comentou o time de análise, em relatório obtido pelo Money Times.

Os analistas mantiveram preferência por Multiplan e Iguatemi, empresas com portfólios dominantes e maior poder de barganha.