BusinessTimes

Quais das 12 ações ligadas ao e-commerce devem ser compradas? Veja as apostas da XP

22 jul 2020, 9:48 - atualizado em 22 jul 2020, 13:47
C&A Varejo Moda Empresas
As ações da varejista C&A tem potencial de valorização de 39%, na avaliação da XP (Imagem: Reuters/Arnd Wiegmann)

A pandemia de coronavírus alterou completamente os hábitos de consumo. Lojas físicas tiveram que migrar para o mundo digital para continuar acessíveis aos consumidores. Apesar da lição aprendida, questões importantes ainda pairam no ar.

Como será o futuro das empresas brasileiras de e-commerce no período pós-pandemia? Como a crise atual alterou a dinâmica competitiva entre as principais plataformas? Como o desempenho destas empresas tem evoluído?

Atenta ao novo cenário, a XP Investimentos revela que só as ações das principais varejistas com forte presença no comércio eletrônico (Magazine Luiza, B2W e Via Varejo) já decolaram 84% no acumulado de 2020.

O analista Pedro Fagundes espera que no cenário pós-pandemia, o forte aumento do número de usuários ativos no canal online sustente a participação do e-commerce brasileiro em níveis estruturalmente mais elevados.

Para compilar a visão da corretora sobre cerca de 12 empresas ligadas ao comércio eletrônico, confira abaixo uma tabela detalhada com as recomendações da XP:

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Empresas Código Recomendação Preço-alvo (R$) Valorização (%)
Vivara VIVA3 Compra 30 25
Lojas Renner LREN3 Compra 50 18
Via Varejo VVAR3 Compra 28 36
Lojas Americanas LAME4 Compra 44 23
Locaweb LWSA3 Compra 55 18
C&A Brasil CEAB3 Compra 15 39
Positivo POSI3 Neutra 6 9
Pão de Açúcar PCAR3 Neutra 70 -9
Carrefour Brasil CRFB3 Neutra 22 5
Magazine Luiza MGLU3 Neutra 78 -7
B2W BTOW3 Neutra 135 13
Raia Drogasil RADL3 Neutra 122 -4

Via Varejo vs Magalu

Atualmente, a XP observa que as preocupações dos investidores em relação à liquidez de curto prazo da Via Varejo (VVAR3) tenham sido respondidas.

A varejista levantou aproximadamente R$ 4,4 bilhões em uma recente oferta de ações e também conseguiu manter suas vendas totais relativamente estáveis no 2° trimestre de 2020 em relação ao ano anterior, apesar do fechamento das lojas.

As ações da Magazine Luiza passaram a ter recomendação neutra, na visão da XP (Imagem: Money Times/Gustavo Kahil)

Vale lembrar também o episódio acidental recente, que revelou o crescimento vertiginoso de vendas da Via Varejo a consumidores finais.

Para Fagundes, todos esses pressupostos sustentam a recomendação de compra e o preço-alvo de R$ 28 das ações da dona das Casas Bahia e Ponto Frio.

Os papéis da varejista têm potencial de valorização de 36%, segundo a XP.

Na outra ponta, a rival Magazine Luiza (MGLU3) teve rebaixada sua recomendação de compra para indicação neutra.

Apesar de ter visto suas ações saltarem 116% desde o fim de março, pesa contra a empresa “a dificuldade para justificar um potencial de valorização elevado, pois o crescimento de curto prazo da empresa já está precificado”, pontua o analista.