Quais ações de imobiliárias comprar em meio ao tumulto do mercado?
A “bomba” jogada sobre Brasília na semana passada com a delação da JBS, que colocou em maus lençóis figurões do jogo político e o presidente Michel Temer na berlinda, embaralhou o tabuleiro dos investimentos. O Bradesco BBI pôs as cartas na mesa e analisou o impacto das possíveis soluções para o imbróglio político sobre as ações das construtoras e do setor imobiliário.
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A equipe de análise formada por Luiz Mauricio Garcia e Renato Chanes projeta três cenários diferentes:
1 – Reformas continuam em ritmo relativamente rápido. O PIB alcançaria 2,5% em 2018 e a Selic 8,5%.
2 – Aprovação parcial das reformas: Economia cresce 1,5% e a Selic ficaria em 9% em 2018.
3 – Nenhuma reforma até o final de 2018: PIB avançaria apenas 0,6% e o juro iria a 10% no ano que vem.
Considerando as alternativas, o Bradesco entende que o melhor a fazer é evitar as empresas mais dependentes de uma recuperação econômica mais forte ou da desalavancagem (redução do endividamento). Com isso, Garcia e Chanes apontam que as ações que oferecem a maior chance de baixa no momento são Gafisa, Even e Helbor.
O mesmo se aplica para o setor de shopping centers. Os nomes mais vulneráveis são BR Properties, Aliansce e São Carlos, diz o banco.
Apostas
O Bradesco avalia que as construtoras com maior exposição ao segmento de baixa renda tendem a ter um desempenho superior por terem uma sensibilidade menor à confiança do consumidor e às taxas de juros.
As oportunidades de compra indicadas pelos analistas são Tenda, MRV, Eztec e Iguatemi.
A Cyrela teve a recomendação elevada de venda para neutra, mas a equipe e análise ainda se diz “cética” em relação ao nome, “que continua a ter um prêmio injustificável para os players de baixa renda”, pontuam.