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Quais ações comprar no setor de educação, segundo o BTG

21 fev 2018, 12:19 - atualizado em 21 fev 2018, 12:19

O BTG Pactual revisou as suas estimativas para as ações do setor educacional e chamou a atenção para que os investidores analisem as empresas com o foco no fluxo de caixa como o principal item do balanço, ao contrário de uma análise apenas sobre o lucro e prejuízo.

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O analista Rodrigo Gastim explica que o segmento tem ficado volátil com as mudanças nos programas de financiamento, ajustes contáveis e itens não-recorrentes, o que polui e atrapalha uma análise mais objetiva.

“Para piorar as coisas, a educação pós-secundária é um negócio de longo ciclo, então teremos que esperar vários anos antes de desvendar parte desses mistérios”, avalia. Com isso, ele trouxe novas projeções para as principais companhias:

Estácio (ESTC3) – Principal recomendação

O banco reiterou a recomendação de compra para os papéis da Estácio e manteve o preço-alvo de R$ 40. O valor corresponde a um potencial de valorização de 18%. Gastim estima um grande espaço para diminuir a diferença de rentabilidade em relação aos pares, além de potencial de receitas maiores com uma estratégia de preços mais racional. Ademais, o segmento de ensino a distância tem avançado rapidamente e as desistências recuado.

Ser (SEER3) – História de crescimento

Segundo o analista, a Ser tem a história de crescimento mais interessante do setor. “Ela não parece demasiadamente preocupada em apresentar um curto prazo brilhante apenas por causa disso. Em vez disso, continua investindo fortemente em seu plano de expansão e focando sua estratégia de longo prazo”, aponta o relatório. A recomendação é de compra e o preço-alvo estimado é de R$ 36,50, o que corresponde a um potencial de 18,2%.

Ânima (ANIM3) – Retorno ao crescimento

Com a recomendação neutra e preço-alvo de R$ 29 (potencial de 8%), a Ânima pode ter um ano mais positivo em 2018. “Um novo modelo acadêmico, uma equipe comercial renovada e um plano de expansão acelerado (com uma cobertura apertada sobre recebíveis / conversão de caixa) são todas variáveis com potencial para aumentar os resultados”, ressalta o banco.

Kroton (KROT3) – Menos atraente

A recomendação para a Kroton foi cortada de compra para neutra, mas o preço-alvo foi levantado de R$ 17 para R$ 17,50. Segundo o BTG, após anos de um sucesso impressionante, a ação agora parece menos atraente. Não há projeções para fusões ou aquisições relevantes, os estudantes por meio do Fies têm exercido pressão sobre a alavancagem operacional, a educação online vem perdendo tração e os riscos de execução são maior por conta dos projetos feitos fora da zona de conforto.