Economia

Quaest: Campos Neto é técnico com condução do Banco Central, mas maioria dos brasileiros concorda com críticas de Lula

10 jul 2024, 10:51 - atualizado em 15 jul 2024, 8:30
Selic, Lula, Banco Central, Campos Neto
66% das pessoas ouvidas concordam com as últimas críticas de Lula sobre o Banco Central e atual patamar da Selic. (Montagem: Money Times)

Desde o início do seu mandato, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vem criticando a política monetária adotada pelo Banco Central e a maioria dos brasileiros concorda com o chefe de Estado, segundo levantamento da Genial/Quaest publicado nesta quarta-feira (10).

Os números mostram que 66% das pessoas ouvidas concordam com as últimas críticas de Lula sobre o atual patamar da Selic, que foi pausado em 10,50% ao ano. Outros 23% afirmaram não concordar com as críticas e 11% não sabiam ou não responderam.

Por outro lado, 53% dos brasileiros concordam que o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, usa critérios técnicos na condução da autoridade monetária.

Já 28% dos entrevistados acham que o dirigente não tende a usar base técnica na tomada de decisões, enquanto 19% não sabiam ou não responderam.

A pesquisa da Genial/Quaest entrevistou presencialmente 2.000 pessoas entre os dias 5 e 8 de julho. O público alvo foram eleitores com 16 anos ou mais. A margem de erro é de 3,1 pontos percentuais para mais ou para menos e o nível de confiança do levantamento é de 95%.

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Lula critica Campos Neto

No mês passado, em entrevista à rádio CBN no dia 18 de junho, Lula disse que o comportamento do Banco Central estava desajustado.

“Só temos uma coisa desajustada neste país: é o comportamento do Banco Central. Essa é uma coisa desajustada. Presidente que tem lado político, que trabalha para prejudicar o país. Não tem explicação a taxa de juros estar como está”, afirmou.

Segundo ele, a atual taxa Selic está muito alta, a ponto de atrapalhar o investimento no setor produtivo, e que é preciso baixar os juros a um patamar compatível com a inflação.

“A inflação está totalmente controlada. Agora, fica se inventando discurso de inflação do futuro, que vai acontecer. Vamos trabalhar em cima do real, o Brasil está vivendo um bom momento. A economia está andando, os empregos estão crescendo, o salário está crescendo, a inflação está caindo”, afirmou.