Banco Fibra

PULSO: Copom abre porta para Selic a 7%, menor nível da história

25 out 2017, 22:30 - atualizado em 05 nov 2017, 13:52

PULSO DO MERCADO – O recado do Comitê de Política Monetária do Banco Central deixa em aberto o debate sobre até onde a taxa Selic pode cair, segundo avaliação de economistas. Em decisão amplamente esperada pelo mercado, o Copom reduziu nesta quarta-feira (25) o juro básico em 0,75 ponto percentual, para 7,50% ao ano. O consenso sugere corte adicional de 0,50 ponto na próxima reunião do colegiado em dezembro.

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  • O Credit Suisse diz em relatório assinado pela equipe econômica liderada por Nilson Teixeira que o comunicado de outubro é muito similar ao anterior de setembro, o que sinaliza que o Copom continua a ver a dinâmica da inflação como favorável, mas deixou aberto um sinal para que este seja o último corte do ciclo.
  • “Contrariamente à versão anterior, o comunicado não mencionou, como foi o caso no documento de setembro, que o Copom ‘prevê um término gradual para o ciclo’. Entendemos essa decisão como um sinal de que o corte da taxa de juros em dezembro pode ser o último do atual ciclo de flexibilização”, diz o banco, que estima a Selic a 7% em 2017 e 2018.
  • Para Cristiano Oliveira, economista-chefe do Banco Fibra, o Copom reduzirá a Selic em mais 0,50 ponto percentual, para 7% ao ano, encerrando assim o ciclo de afrouxamento monetário. “Em nossa visão, comunicado deixa aberta a porta para o final do ciclo já na próxima reunião ao retirar a indicação de que antevia ‘encerramento gradual do ciclo’.”
  • Marco Caruso, economista do Banco Pine, entende que a retirada do trecho “encerramento gradual do ciclo” abre espaço encerrar o ciclo em dezembro ou, eventualmente, prosseguir reduzindo a Selic em fevereiro. “Na nossa interpretação, o balanço de risco já foi mais favorável a uma Selic terminal mais baixa do que 7,0%. Além disso, é importante perceber que a inclusão de 2019 nos anos-calendário e com inflação projetada por eles na meta (para uma Selic de 7,0% ao final de 2018 e 8,0% em 2019), isso nos diz que taxas muito abaixo desse patamar aumentariam as chances de uma elevação em algum momento no final de 2018 tudo mais constante.”
  • A Capital Economics mudou a projeção para o final do ciclo de cortes de 7,5% ao ano para 7% ao ano após a decisão do Copom. O economista-chefe para mercados emergentes Neil Sharing avalia que, ao retirar a frase sobre a o fim gradual do ciclo, indica que o juro pode terminar o ano a 7% ao ano, mas não impossibilita o corte adicional de 0,25 ponto no início de 2018.
  • Pela nona vez seguida, o Copom cortou a taxa Selic em 0,75 ponto percentual, de 8,25% ao ano para 7,5% ao ano. A decisão tomada por unanimidade era esperada pelo mercado. Com a redução de hoje, a Selic iguala-se ao nível de maio de 2013, quando também estava em 7,5% ao ano.
  • Diz o comunicado do Copom: “A evolução do cenário básico, em linha com o esperado, e o estágio do ciclo de flexibilização tornaram adequada a redução da taxa básica de juros em 0,75 ponto percentual nesta reunião. Para a próxima reunião, caso o cenário básico evolua conforme esperado, e em razão do estágio do ciclo de flexibilização, o Comitê vê, neste momento, como adequada uma redução moderada na magnitude de flexibilização monetária. O Copom ressalta que o processo de flexibilização continuará dependendo da evolução da atividade econômica, do balanço de riscos, de possíveis reavaliações da estimativa da extensão do ciclo e das projeções e expectativas de inflação.”

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