Público mais jovem está chegando na Bolsa, revelam dados da B3
O número de investidores na Bolsa na faixa etária de 25 a 39 anos cresceu ao longo dos últimos anos e superou em fevereiro a porcentagem de investidores com mais de 56 anos, de acordo com dados da B3 (B3SA3) replicados pela XP Investimentos em relatório recente.
Segundo o levantamento, o público mais jovem representava apenas 19% de todos os CPFs que investiam em 2013, enquanto a parcela formada por investidores acima dos 60 anos era de 56%. Atualmente, a porcentagem formada pelo segundo grupo é de 15,1%.
“Isso sugere que o público mais jovem está cada vez mais cuidando de suas finanças”, destacaram Fernando Ferreira e Marcella Ungaretti, respectivamente estrategista-chefe e head do research da XP e analista ESG da XP Inc.
Os investidores na faixa etária de 26 a 35 anos formam o maior grupo da Bolsa, representando 32,8% de todos os CPFs cadastrados na B3. A faixa etária dos 36 aos 45 anos correspondem a 28% do total de investidores pessoas físicas.
Mulheres na Bolsa
Outro dado que chama atenção é a crescente participação das mulheres na Bolsa. O número de investidoras totalizou 886 mil em fevereiro. Isso corresponde apenas a 26,5% do total de investidores pessoas físicas, mas, considerando que o resultado representa um aumento de 128,1% desde dezembro de 2019, a XP destacou que o ritmo de entrada do público feminino na B3 está acelerado.
Por outro lado, o saldo médio por pessoa é menor para mulheres. São Paulo possui o maior número absoluto de investidoras, mas a diferença entre o valor detido pelas mulheres e o valor detido por homens (R$ 137,1 mil contra R$ 176,6 mil) é de mais de 20%. Em Minas Gerais, a discrepância ultrapassa 50%.
Evolução do mercado
Em fevereiro, o número de investidores pessoas físicas na Bolsa atingiu 3,3 milhões, representando um crescimento de 3,6% em relação a janeiro e de expressivos 99% ante 2019. A posição total dessas pessoas atingiu R$ 449,9 bilhões no mês, alta de 30,8% na mesma base de comparação.
Segundo a XP, os números refletem a evolução do mercado acionário brasileiro, bem como a melhora da educação financeira no Brasil e os sucessivos cortes de juros, que fizeram com que os investidores migrassem da renda fixa para a renda variável para buscar mais rentabilidade nos investimentos.