Política

PT vai à Justiça contra Campos Neto e cita declaração ‘político-partidária’

19 jun 2024, 16:59 - atualizado em 19 jun 2024, 17:00
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Banco Central deve decidir pela manutenção da taxa básica de juros a 10,5% ao ano. (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

A bancada do PT na Câmara dos Deputados ingressou na 6ª Vara Federal Cível da Seção Judiciária do Distrito Federal com uma Ação Popular contra o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.

O partido pede que o presidente da autoridade monetária se abstenha de fazer pronunciamentos de “natureza político-partidária, ou ainda que deixe de pronunciar qualquer apoio a candidatura ou pretensão de ocupação de cargo político, enquanto perdurar o exercício do cargo”.

Na terça-feira, Lula disse que o dirigente da autoridade monetária não demonstra “capacidade de autonomia” e tem “lado político”, após o encontro do chefe do BC com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, um opositor do líder do Executivo.

Motivação ‘político-partidária’

No documento, os autores pedem a concessão de uma liminar alegando que, “caso não haja nenhuma reprimenda nas atitudes do presidente do Banco Central do Brasil, o mesmo continuará ostentando motivação de natureza político-partidária, o que tem o potencial de afetar significativamente a credibilidade da instituição e a adequada condução das políticas monetária e financeira nacional”.

Nesta quarta-feira, o Banco Central deve decidir pela manutenção da taxa básica de juros a 10,5% ao ano, patamar considerado elevado pelo presidente Lula.

A Ação Popular cita a notícia que Campos Neto disse a Tarcísio de Freitas que aceitaria ser seu ministro da Fazenda em um eventual governo. “Essa ostensiva motivação político-partidária, inúmeras vezes divulgada pela imprensa, sugere uma possível interferência na imparcialidade política que se impõe àquele que ocupa a posição mais alta junto ao Banco Central do Brasil”, enfatiza a bancada do PT.

A legenda ainda afirma que a atuação do presidente do Banco Central deve estar “alinhada aos princípios da impessoalidade e da moralidade administrativa, previstos no art. 37 da Constituição Federal”.

“Esses princípios exigem que todos os atos administrativos sejam realizados de maneira técnica e imparcial, com foco exclusivo no interesse público, evitando qualquer influência de interesses pessoais ou políticos”, acrescenta.

Editor
Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em finanças pela Estácio. Colaborou com revista Veja, Estadão, entre outros.
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