PSDB sofre tripla ameaça à hegemonia da direita em 2018, avalia Pulso Público
O PSDB, que constrói aos poucos a candidatura de Geraldo Alckmin para 2018, está com o seu protagonismo de 25 anos nas disputas presidenciais no campo ideológico mais liberal ameaçado por três motivos avalia a consultoria política Pulso Público em um relatório enviado a clientes nesta segunda-feira (11).
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Segundo a análise, o primeiro risco é a competição pela agenda econômica, representada por Temer e Henrique Meirelles. O segundo, aponta a Pulso, está na disputa pelo eleitorado conservador, especialmente o mais radical, representado por Jair Bolsonaro. E, por fim, a ausência de coordenação interna, não mais restrita aos presidenciáveis.
Ainda assim, ressalta o documento, a expectativa é de manutenção do protagonismo do PSDB na eleição presidencial, “ainda que menos pronunciada frente a outros pleitos e mais próxima à 2002”. A visão é fundamentada pela fraqueza especial da primeira e última ameaça, que são a parte econômica e a coordenação interna.
1 – A economia
Para a Pulso, a recuperação mais lenta da economia, com destaque para o mercado de trabalho, reduz a viabilidade de uma candidatura isolada do atual Governo.
“Paralelamente, a costura do apoio à eleição de Alckmin como presidente do PSDB sinaliza uma maior coordenação interna, ainda que haja riscos neste quesito, em especial com a associação do partido ao Governo junto a parte dos deputados federais”, destaca a consultoria.
2 – Bolsonaro
O deputado federal Jair Bolsonaro, ainda visto como um grande fator a ser acompanhado, poderá perder força com a proximidade do dia da eleição.
Isso se dá, ressalta a Pulso, pelo comportamento estratégico do eleitor conservador, “buscando uma candidatura com mais chances de angariar a maioria dos votos, em movimento semelhante ao que ocorreu na disputa pela prefeitura de São Paulo em 2016”, explica.
3 – Brigas internas
A Pulso entende que a sinalização de apoio ao fechamento de questão do PSDB a favor da reforma da previdência pode ser vista no cenário que reflete as disputas internas, “em que Alckmin busca a recondução do partido a uma concertação com partidos que estiveram juntos durante o processo de impeachment de Dilma Rousseff, reduzindo a perspectiva de múltiplas candidaturas de centro-direita”, ressalta a Pulso.