Próximo alvo de tensão da política comercial dos EUA será União Europeia, diz OCDE
Após o término da guerra comercial entre EUA e China, Washington amplificará as discussões com a União Europeia, segundo Laurence Boone, economista-chefe da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico).
“Quando terminarem as negociações entre China e EUA, os EUA direcionarão-se a Europa”, disse a economista-chefe, em entrevista a CNBC. “Então, acredito que ao minar o sistema multilateral de regras no comércio internacional, nós acabamos de injetar dose maciça de incerteza no mundo que permanecerá conosco por um longo tempo”, disparou.
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Além disso, Boone destaca que pontos-chave do acordo provavelmente não deverão ser acertados no curto prazo, como divergências nas questões de propriedade intelectual e transferência forçada de tecnologia.
“Nós não resolveremos isso em dois meses”, afirmou. “Isso ficará com a gente”, completou.
Subsídios agrícolas em xeque
Se a questão controversa com a China é tecnologia e mecanismos de enforcement, com a União Europeia o ponto de preocupação é na agricultura. “A Europa está absolutamente convencida de que o acordo comercial exclui produtos agrícolas, e os EUA está convencido absolutamente que o acordo inicial incluirá produtos agrícolas”, afirmou Boone.
“Desta forma, aparentemente não é um bom início para as negociações”, completou.