Internacional

Província de Buenos Aires prorroga prazo para renegociar dívida, credores focam em postura da Argentina

03 ago 2020, 10:35 - atualizado em 03 ago 2020, 10:35
Presidente da Argentina, Alberto Fernández
O presidente argentino, Alberto Fernández, e o ministro da Economia Martín Guzmán insistiram que a última oferta feita no início de julho, após meses de negociações, é o maior esforço que o país pode fazer (Imagem: Reuters/Mariana Greif)

A província argentina de Buenos Aires disse nesta segunda-feira que prorrogou o prazo para renegociar a dívida com os credores até meados de agosto, enquanto o governo nacional debate se deve adiar o prazo final para a reestruturação de 65 bilhões de dólares em dívida.

A província disse em comunicado que adiará o prazo até 14 de agosto, após o prazo de 31 de julho vir sem um acordo para renegociar cerca de 7 bilhões de dólares em dívidas.

O governo nacional está avaliando a decisão de prolongar as próprias negociações de dívida, que esfriaram antes do prazo de 4 de agosto, depois que os credores rejeitaram sua oferta “final” e sua subsequente contraoferta unificada.

A Reuters informou na semana passada, citando uma fonte próxima às negociações, que o governo nacional estava discutindo a prorrogação da renegociação da dívida até meados ou final de agosto.

O presidente argentino, Alberto Fernández, e o ministro da Economia Martín Guzmán insistiram que a última oferta feita no início de julho, após meses de negociações, é o maior esforço que o país pode fazer.

“Não podemos oferecer mais aos credores”, disse Guzmán ao veículo local Página/12 no domingo.

“Se não houver acordo, avançaremos com o Fundo Monetário Internacional (FMI) em um novo programa e com o setor privado falaremos novamente em seis ou oito meses, mas com uma proposta de reestruturação mais profunda”, acrescentou.

A Argentina, um grande produtor de grãos que suspende o pagamento da dívida desde maio, concordou com um empréstimo de 57 bilhões de dólares com o FMI em 2018.

Guzmán disse que o país está avaliando todas as opções antes do vencimento de terça-feira, embora o governo já tenha sugerido um prolongamento nas negociações.

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