Coronavírus

Província chinesa de Henan impõe novas restrições contra Covid com aumento de casos; autoridades de Xian se desculpam

06 jan 2022, 11:59 - atualizado em 06 jan 2022, 11:59
Pessoas de máscara em Xangai (China) se protegem da Covid, coronavírus
Henan reportou 64 infecções transmitidas de maneira local com sintomas confirmados na quarta-feira (Imagem: REUTERS/ Aly Song)

Mais cidades em Henan, província na região central da China, impuseram duras restrições contra a Covid-19 com o aumento brusco de novas infecções pelo coronavírus, enquanto autoridades na cidade de Xian pediram desculpas nesta quinta-feira a uma mulher que sofreu um aborto espontâneo durante o lockdown, gerando indignação pública.

Henan reportou 64 infecções transmitidas de maneira local com sintomas confirmados na quarta-feira, a partir de apenas quatro um dia antes, como mostraram dados oficiais nesta quinta-feira.

Embora os números sejam minúsculos em comparação com muitos outros lugares do planeta, e nenhum caso da altamente transmissível variante Ômicron tenha sido reportado até agora em Henan, muitas cidades de lá impuseram novas limitações sobre viagens ou atividades econômicas em resposta a uma onda de novos casos.

A política nacional chinesa de eliminar os focos rapidamente assim que eles são detectados foi tomada de urgência extra às vésperas dos Jogos Olímpicos de Inverno, que serão sediados por Pequim e Hebei, a partir do dia 4 de fevereiro, e da temporada de viagens do feriado do Ano Novo Lunar, que se inicia neste mês.

Gushi, um condado em Henan de 1 milhão de habitantes, reportou um caso sintomático e um portador assintomático na quarta-feira, mas isso foi o suficiente para persuadir as autoridades locais a impedirem que pessoas deixem a cidade e de dissuadir que outros venham.

Em Xian, a cidade de 13 milhões de habitantes está em lockdown há 15 dias, limitando o acesso comum a serviços médicos e levando a reclamações sobre suprimentos alimentícios. Durante uma coletiva de imprensa, uma autoridade de saúde pediu desculpas nesta quinta-feira a uma mulher grávida que havia perdido seu bebê após esperar do lado de fora de um hospital local por duas horas.

O incidente provocou fúria nas redes sociais chinesas.

Liu Shunzhi, diretor da comissão de saúde da cidade, também se desculpou pelo “acesso não facilitado a tratamento médico” para pessoas com necessidades especiais.

A mídia estatal chinesa noticiou nesta quinta-feira que Liu e outro agente de saúde de Xian foram advertidos pelas autoridades sobre seu desempenho durante o surto de Covid-19, enquanto o gerente-geral do hospital foi suspenso e alguns outros funcionários foram removidos de suas funções.