Proteja sua carteira dos impactos da guerra: ouro, petróleo e muito mais
O medo da guerra se alastrou pelos mercados durante a semana com os investidores mais preocupados com a proteção de suas carteiras. O aumento das tensões no Oriente Médio fizeram com que o barril do petróleo chegasse nos US$ 93 novamente, bom para as petroleiras, mas ruim para as aéreas.
Destaque também para o ouro, que chegou a ultrapassar os US$ 2 mil em meio às intensificações do conflito em Israel e acumula alta de 2,72% na semana.
Os mercados seguiram atentos aos dados norte-americanos, que continuam mostrando uma economia extremamente resiliente e a fala do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, na última quinta-feira (19), adicionou mais cautela, já que abriu as portas para mais uma alta e manteve a previsão de juros altos por mais tempo.
Por aqui a redução do preço da gasolina e o aumento do diesel não fizeram o preço esperado para as ações da Petrobras nesta sexta-feira, que fecharam o dia em baixa. Por outro lado, analistas destacaram os impactos positivos dos combustíveis sobre a inflação, que já começa a entrar na banda perseguida pelo Banco Central, que é de 3,25% com margem de 1,5 ponto percentual tanto para cima como para baixo.
Fique com os destaques da semana no Giro do Mercado.
Boa leitura e excelente fim de semana.
Paula Comassetto
Giro do Mercado
Tensão aumenta no Oriente Médio: Como proteger sua carteira dos impactos da guerra?
A tensão no Oriente Médio aumenta a cada dia, o que preocupa o mercado em relação à escalada do conflito na Faixa de Gaza.
Para o analista Enzo Pacheco, boa parte da preocupação do mercado com a escalada da guerra para outros países, é como isso pode impactar na produção e também no preço do petróleo, já que o Irã é um dos grandes produtores da commodity.
Ele destaca que as petroleiras podem ser as maiores beneficiadas, uma vez que a demanda não cairia na mesma proporção em que a oferta.
“Me parece que a demanda não cairia tanto a ponto de compensar essa queda da oferta. Então, manteria o preço do petróleo nos patamares altos que a gente vê hoje.”
Do lado negativo ficam as empresas aéreas que já lidam com uma redução no número de viagens para o Oriente Médio, e ainda teriam que lidar com impactos na receita e, principalmente nos custos, já que os combustíveis influenciam os gastos dessas empresas.
Diante deste cenário, o analista indicou alguns ativos que podem ajudar os investidores a protegerem sua carteira dos altos e baixos durante o conflito. Confira como proteger sua carteira clicando aqui!
Petrobras (PETR4) segue entre as melhores pagadoras de dividendos do Ibovespa, mas risco vale a pena?
A Petrobras (PETR3; PETR4) parece estar caminhando para bons resultados financeiros, com dados operacionais fortes e as ações subindo cerca de 60% no ano.
Segundo fato relevante divulgado na segunda (16), a Petrobras bateu recorde trimestral de produção operada de óleo e gás no terceiro trimestre.
“A gente está falando de um dos maiores (dividend) yield, senão, o maior yield dentro do Ibovespa.”, revelou Ruy Hungria no Giro do Mercado.
Mas apesar do alto retorno em dividendos, o fator político ‘preocupa’ o analista, que alerta os investidores focados em proventos.
Confira na entrevista completa quais são os riscos de se investir na petroleira, segundo Ruy, e ainda, se vale a pena encará-los para ter as ações da gigante. É só clicar aqui.
Vale a pena ter Cyrela (CYRE3)?
A Cyrela (CYRE3) atingiu R$ 2,26 bilhões em vendas líquidas contratadas no terceiro trimestre do ano, queda de 1% no comparativo anual e de 9% em base sequencial, mostra prévia operacional divulgada nesta segunda-feira (16).
A incorporadora está na carteira das 10 ideias de outubro da Empiricus Research, e Caio Araújo analisa que “isso mostra que a força de vendas, especialmente na construção, tem sido super boa”
Confira a entrevista completa e porque a CYRE3 continua como recomendação.
Corrida ESG pode mudar o jogo para o Banco do Brasil (BBAS3)? Veja recomendação
O Banco do Brasil (BBAS3) concluiu, durante as reuniões anuais do Fundo Monetário Internacional (FMI), uma rodada de captações de cerca de R$ 30 bilhões para apoiar a agenda de sustentabilidade do Brasil.
O banco já divulgou anteriormente que pretende tornar-se referência no mercado de carbono, que engatinha no Brasil.
Para Larissa Quaresma, a mudança depende da forma com que o banco irá alocar esses recursos.
“Se vai ser transformacional ou não, vai depender de como o banco vai emprestar esse dinheiro. Um lado da equação ele conseguiu fazer muito bem, que foi captar recursos de baixo custo com selo internacional, que ajuda a atrair outros investidores locais/institucionais para esses projetos. Agora o outro lado, é você aplicar e emprestar para bons projetos com baixa inadimplência e com bom retorno para o banco.”
Apesar dos cuidados em relação aos investimentos do banco, a analista conclui que o ESG é uma mega tendência para a próxima década e o Banco do Brasil deve sim capturar essa onda, mas segue de fora acompanhando o desenrolar dos acontecimentos.
Confira a entrevista completa clicando aqui.