Coluna Giro do Mercado

Proteja sua carteira dos impactos da guerra: ouro, petróleo e muito mais

21 out 2023, 9:00 - atualizado em 21 out 2023, 12:20
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Montagem Giro do Mercado

O medo da guerra se alastrou pelos mercados durante a semana com os investidores mais preocupados com a proteção de suas carteiras. O aumento das tensões no Oriente Médio fizeram com que o barril do petróleo chegasse nos US$ 93 novamente, bom para as petroleiras, mas ruim para as aéreas.

Destaque também para o ouro, que chegou a ultrapassar os US$ 2 mil em meio às intensificações do conflito em Israel e acumula alta de 2,72% na semana.

Os mercados seguiram atentos aos dados norte-americanos, que continuam mostrando uma economia extremamente resiliente e a fala do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, na última quinta-feira (19), adicionou mais cautela, já que abriu as portas para mais uma alta e manteve a previsão de juros altos por mais tempo.

Por aqui a redução do preço da gasolina e o aumento do diesel não fizeram o preço esperado para as ações da Petrobras nesta sexta-feira, que fecharam o dia em baixa. Por outro lado, analistas destacaram os impactos positivos dos combustíveis sobre a inflação, que já começa a entrar na banda perseguida pelo Banco Central, que é de 3,25% com margem de 1,5 ponto percentual tanto para cima como para baixo.

Fique com os destaques da semana no Giro do Mercado.

Boa leitura e excelente fim de semana.
Paula Comassetto
Giro do Mercado

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Tensão aumenta no Oriente Médio: Como proteger sua carteira dos impactos da guerra?

A tensão no Oriente Médio aumenta a cada dia, o que preocupa o mercado em relação à escalada do conflito na Faixa de Gaza.

Para o analista Enzo Pacheco, boa parte da preocupação do mercado com a escalada da guerra para outros países, é como isso pode impactar na produção e também no preço do petróleo, já que o Irã é um dos grandes produtores da commodity.

Ele destaca que as petroleiras podem ser as maiores beneficiadas, uma vez que a demanda não cairia na mesma proporção em que a oferta.

“Me parece que a demanda não cairia tanto a ponto de compensar essa queda da oferta. Então, manteria o preço do petróleo nos patamares altos que a gente vê hoje.”

Do lado negativo ficam as empresas aéreas que já lidam com uma redução no número de viagens para o Oriente Médio, e ainda teriam que lidar com impactos na receita e, principalmente nos custos, já que os combustíveis influenciam os gastos dessas empresas.

Diante deste cenário, o analista indicou alguns ativos que podem ajudar os investidores a protegerem sua carteira dos altos e baixos durante o conflito. Confira como proteger sua carteira clicando aqui!

Petrobras (PETR4) segue entre as melhores pagadoras de dividendos do Ibovespa, mas risco vale a pena?

A Petrobras (PETR3; PETR4) parece estar caminhando para bons resultados financeiros, com dados operacionais fortes e as ações subindo cerca de 60% no ano.

Segundo fato relevante divulgado na segunda (16), a Petrobras bateu recorde trimestral de produção operada de óleo e gás no terceiro trimestre.

“A gente está falando de um dos maiores (dividend) yield, senão, o maior yield dentro do Ibovespa.”, revelou Ruy Hungria no Giro do Mercado.

Mas apesar do alto retorno em dividendos, o fator político ‘preocupa’ o analista, que alerta os investidores focados em proventos.

Confira na entrevista completa quais são os riscos de se investir na petroleira, segundo Ruy, e ainda, se vale a pena encará-los para ter as ações da gigante. É só clicar aqui.

Vale a pena ter Cyrela (CYRE3)?

A Cyrela (CYRE3) atingiu R$ 2,26 bilhões em vendas líquidas contratadas no terceiro trimestre do ano, queda de 1% no comparativo anual e de 9% em base sequencial, mostra prévia operacional divulgada nesta segunda-feira (16).

A incorporadora está na carteira das 10 ideias de outubro da Empiricus Research, e Caio Araújo analisa que “isso mostra que a força de vendas, especialmente na construção, tem sido super boa”

Confira a entrevista completa e porque a CYRE3 continua como recomendação.

Corrida ESG pode mudar o jogo para o Banco do Brasil (BBAS3)? Veja recomendação

O Banco do Brasil (BBAS3) concluiu, durante as reuniões anuais do Fundo Monetário Internacional (FMI), uma rodada de captações de cerca de R$ 30 bilhões para apoiar a agenda de sustentabilidade do Brasil.

O banco já divulgou anteriormente que pretende tornar-se referência no mercado de carbono, que engatinha no Brasil.

Para Larissa Quaresma, a mudança depende da forma com que o banco irá alocar esses recursos.

“Se vai ser transformacional ou não, vai depender de como o banco vai emprestar esse dinheiro. Um lado da equação ele conseguiu fazer muito bem, que foi captar recursos de baixo custo com selo internacional, que ajuda a atrair outros investidores locais/institucionais para esses projetos. Agora o outro lado, é você aplicar e emprestar para bons projetos com baixa inadimplência e com bom retorno para o banco.”

Apesar dos cuidados em relação aos investimentos do banco, a analista conclui que o ESG é uma mega tendência para a próxima década e o Banco do Brasil deve sim capturar essa onda, mas segue de fora acompanhando o desenrolar dos acontecimentos.

Confira a entrevista completa clicando aqui.

E não percam o programa especial em comemoração ao 100º Giro do Mercado. É na segunda-feira ao meio-dia. Espero você!