Prorrogação de lockdown visa deter mutação da Covid, diz Merkel
A chanceler alemã, Angela Merkel, defendeu nesta quinta-feira a decisão de prorrogar um lockdown rígido em duas semanas, ou até meados de fevereiro, dizendo que ele é necessário para frear uma variante nova e mais agressiva do coronavírus.
Falando em uma coletiva de imprensa, Merkel disse que, embora a diminuição de infecções novas indique que as restrições estão dando resultado, seria um erro amenizá-las, já que a mutação foi identificada na Alemanha.
“Nossos esforços enfrentam uma ameaça, e esta ameaça está mais clara agora do que no início do ano, e ela é a mutação do vírus”, explicou Merkel.
“As descobertas mostram que o vírus alterado é muito mais infeccioso do que aquele que tivemos durante um ano, e esta é uma das principais razões do aumento agressivo de infecções na Inglaterra e na Irlanda.”
Merkel disse que a mutação ainda não é predominante em seu país e que só uma abordagem cautelosa pode evitar um aumento agressivo nas novas infecções diárias causadas pela nova variante, identificada primeiro na Inglaterra.
A Alemanha, que está em lockdown desde o começo de novembro, relatou mais de mil mortes e mais de 20 mil infecções novas nesta quinta-feira.
Dois dias antes, Merkel e líderes estaduais concordaram em prorrogar um lockdown rígido que mantém escolas, restaurantes e todos os negócios não-essenciais fechados até 14 de fevereiro.
A chanceler disse que as vacinas podem ser adaptadas para novas variantes do vírus e que seu país deve conseguir vacinar todos até o final do verão local.