Proprietária do Burger King nomeia novo presidente-executivo para impulsionar recuperação
A Restaurant Brands International nomeou nesta terça-feira um novo presidente-executivo para acelerar um plano de recuperação de sua marca Burger King, que passa por dificuldades.
A empresa, que também é dona da Popeyes, Tim Hortons e Firehouse Subs, ficou ligeiramente abaixo das estimativas de lucro de Wall Street para o quarto trimestre encerrado em 31 de dezembro, devido em parte às despesas operacionais mais altas. Suas ações caíram mais de 3,5%.
O veterano da empresa e atual diretor operacional, Joshua Kobza, assumirá o cargo de presidente-executivo em 1º de março, substituindo Jose Cil, que está no comando desde 2019 e permanecerá na empresa por um ano como consultor.
Sob a gestão de Cil, o Burger King modernizou sua identidade visual. Em setembro de 2022, a rede anunciou um plano de recuperação de 400 milhões de dólares para aumentar a publicidade, trazer novos equipamentos de cozinha e remodelar restaurantes.
“Definitivamente, algumas operadoras estão lutando”, disse Kobza à Reuters em entrevista por telefone. “Se houver reestruturações, estaremos intimamente envolvidos nelas”, para ajudar a preparar os franqueados para o sucesso, disse ele.
Crescimento superior
Os resultados desta terça-feira “demonstram que as iniciativas da empresa para impulsionar o crescimento da receita em todas as marcas parecem estar progredindo”, escreveu Jon Tower, analista do Citi. Mas a empresa ainda será pressionada pela inflação e pelos investimentos para impulsionar as vendas, escreveu ele.
A receita total aumentou cerca de 9%, para 1,69 bilhão de dólares no quarto trimestre, em comparação com estimativas de 1,67 bilhão de dólares, segundo dados IBES da Refinitiv.
Excluindo itens, a companhia ganhou 72 centavos por ação, em comparação com as expectativas de 73 centavos.
As vendas comparáveis globais aumentaram quase 8% no trimestre, lideradas por um crescimento de 11% na Tim Hortons Canada e Burger King International – particularmente na França, Espanha, Austrália, Brasil e Reino Unido, ajudando a compensar o estresse na China.