Brasil

Proposta orçamentária para 2020 recebe quase 9 mil emendas; cifra em R$ 9,5 bilhões

31 out 2019, 7:10 - atualizado em 31 out 2019, 7:10
Senado Congresso Brasília Política
Foram 8.341 propostas individuais e 593 coletivas; gastos em áreas escolhidas pelos deputados e senadores (Imagem: Reuters/Jorge Silva)

O projeto da Lei Orçamentária de 2020 (PLN 22/2019) recebeu 8.934 emendas direcionadas à despesa. Foram 8.341 individuais e 593 coletivas. Todas propõem gastos em áreas escolhidas pelos deputados e senadores.

No total, as emendas sugerem R$ 70,8 bilhões em gastos no próximo ano. Mas apenas parte desse montante, entre individuais (de deputados e senadores) ou coletivas (de bancada estadual), terão execução obrigatória (serão impositivas). O resto dependerá de condições fiscais e políticas, entre outras, para sair do papel.

O prazo para emendas acabou na quinta-feira (24). As bancadas estaduais e do Distrito Federal têm direito a R$ 247,7 milhões em emendas impositivas. A do Maranhão ainda busca um acordo para apresentação de emendas — é preciso o apoio de pelo menos 3/4 dos deputados (no caso, 14) e de dois dos três dos senadores.

Individuais

O Congresso Nacional é formado por 513 deputados e 81 senadores. Neste ano, cada parlamentar teve direito de propor até R$ 15,9 milhões em emendas individuais, destinadas às bases eleitorais nos estados e no Distrito Federal.

Pela Constituição, as emendas individuais são de execução obrigatória. As sugestões dos 594 congressistas somaram R$ 9,5 bilhões, segundo informe conjunto das consultorias de Orçamento da Câmara e do Senado.

Os deputados apresentaram 7.269 emendas individuais, no total de R$ 8,2 bilhões. Já os senadores apresentaram 1.072, somando R$ 1,3 bilhão.

Coletivas

As emendas coletivas podem ser apresentadas pelas comissões permanentes da Câmara e do Senado, pelas mistas (que pertencem conjuntamente às duas Casas) e pelas bancadas estaduais.

As emendas coletivas somaram R$ 61,3 bilhões. As comissões do Congresso propuseram, juntas, 42 emendas no valor de R$ 42,6 bilhões. Nesse caso, todas são discricionárias e dependerão dos rumos da economia no próximo ano.

O restante veio de 26 bancadas estaduais. Foram 421 emendas, totalizando R$ 18,7 bilhões, sendo R$ 6,4 bilhões de execução obrigatória no próximo ano.

Destinação

A saúde foi a área mais contemplada com recursos das emendas, com R$ 13,3 bilhões no total. Isso porque a Constituição e as leis orçamentárias exigem que parte das emendas individuais e coletivas sejam destinadas à saúde.

A saúde foi a área mais contemplada com recursos das emendas, com R$ 13,3 bilhões no total (Imagem: José Cruz/Agência Brasil)

Em segundo lugar, ficou o desenvolvimento regional, com R$ 12,2 bilhões. Em terceiro, empatadas com R$ 7,6 bilhões cada, ficaram as áreas de cidadania, cultura e esporte e de infraestrutura. Educação veio a seguir, com R$ 6,4 bilhões.

Análise

Todas as emendas serão distribuídas agora ao Comitê de Admissibilidade de Emendas e aos 16 relatores setoriais que auxiliarão o relator-geral, deputado Domingos Neto (PSD-CE), na análise da proposta orçamentária para 2020.

Nos próximos dias, o relator da receita, senador Zequinha Marinho (PSC-PA), deverá apresentar parecer para análise da Comissão Mista de Orçamento. Esse parecer antecede os demais durante a tramitação da proposta orçamentária.

Giro da Semana

Receba as principais notícias e recomendações de investimento diretamente no seu e-mail. Tudo 100% gratuito. Inscreva-se no botão abaixo:

*Ao clicar no botão você autoriza o Money Times a utilizar os dados fornecidos para encaminhar conteúdos informativos e publicitários.