Proposta de socorro a Azul vem em boa hora e ações sobem
As ações da Azul (AZUL4) operam em alta na sessão desta segunda-feira (14) após a empresa informar que o BNDESPar e o sindicato dos bancos realizaram uma oferta de socorro de até R$ 2 bilhões.
Com isso, por volta das 13h48, os papéis subiam 3,24%, a R$ 27,43.
A iniciativa está dentro do Programa Emergencial de Apoio aos Setores atingidos pelos efeitos da crise decorrente da pandemia do coronavírus e deverá ser realizada em forma de debêntures simples e bônus de subscrição, cujos valores serão determinados através do processo de bookbuilding da oferta.
O contrato prevê também que a BNDESPar seja o investidor âncora podendo subscrever até 60% da oferta enquanto os bancos prestarão garantia firme de até 10% da mesma. O valor remanescente deverá ser captado junto a outros investidores através da oferta pública.
Para a XP, a operação é uma importante fonte de fortalecimento para o caixa da Azul.
“Temos recomendação de compra para as ações, com preço-alvo de R$ 29,0/ação”, afirmou Bruna Pezzin, que assina o relatório.
Abrir mão do BNDES
No mês passado, o CEO da Azul, John Rodgerson, chegou a afirmar que Azul podeira abrir do pacote do BNDES para ajudar as empresas aéreas.
De acordo com Rodgerson, passados mais de cinco meses do agravamento da Covid-19 no país, o pacote de socorro do BNDES ao setor aéreo, um dos mais duramente atingidos pela crise econômica decorrente da pandemia, já não é tão vital.
“No final, a demora para o pacote foi até útil, porque conseguimos renegociar 98% das nossas dívidas, não teremos nenhum vencimento importante até o segundo semestre de 2021 e estamos nos tornando uma empresa muito mais eficiente”, disse Rodgerson na ocasião.