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Proposta da Aneel é negativa e ação da Neoenergia está barata, avalia Credit Suisse

15 out 2019, 15:15 - atualizado em 15 out 2019, 15:16
Energia elétrica
Analistas avaliam perspectivas para empresas do setor (Imagem: Reuters/Paulo Whitaker)

Diante do novo WACC (Custo Médio Ponderado de Capital, taxa de atratividade mínima para se investir) proposto pela Aneel e da prévia operacional da Neoenergia (NEOE3) no terceiro trimestre, o Credit Suisse publicou relatórios avaliando as perspectivas do setor elétrico.

A Aneel propôs nesta terça-feira (15) novo WACC para as distribuidoras de 7,17%. O valor é “abaixo das expectativas do mercado”, contudo não é “um número final”.

“A proposta pode implicar impacto inicial negativo para as companhias com exposição a este segmento, como Equatorial (EQTL3), Energisa (ENGI11) e Neoenergia”, avalia a analista Carolina Carneiro. Por outro lado, a proposta de WACC pode ser melhorada, segundo o Credit Suisse.

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Desconto

Em relação aos números operacionais da Neoenergia, os volumes foram dentro do esperado. “Os resultados da empresa devem ser ajudados pelo aumento das tarifas (após as revisões) e pelo bom gerenciamento de custo”, apontam os analistas Luis Lima e Carolina Carneiro.

Para o Credit Suisse, a ação é negociada atualmente com desconto em relação aos pares, pela projeção de múltiplo EV/RAB (Valor de Mercado sobre Base de Ativos Regulatórios) prevista para 2020 de 1,7 vez contra 2,1 vezes para os concorrentes.

Banco avalia que ação está descontada em relação ao setor (Imagem: Reuters/Ueslei Marcelino)

Além disso, os resultados da companhia devem ser beneficiados por uma melhora do cenário macroeconômico e de maior eficiência no controle de custos, conforme o banco.

A recomendação para as ações é outperform (desempenho acima da média do mercado) com preço-alvo de R$ 24,27. Caso se materializem as projeções, o papel poderá subir 16,2%.