Projeto na Times Square atrai nova onda de investimento aos EUA
A Times Square não perdeu seu prestígio com os investidores estrangeiros.
O TSX Broadway, um projeto de uso misto de US$ 2,5 bilhões no coração de Manhattan, atraiu mais de US$ 100 milhões na semana passada de investidores estrangeiros que apóiam empreendimentos imobiliários em troca de vistos dos EUA, de acordo com uma pessoa familiarizada com o assunto.
Os desenvolvedores do projeto na 1568 Broadway, que inclui espaço para varejo, um hotel e um palco elevado para eventos ao vivo, modificaram os documentos de empréstimo com o Goldman Sachs para permitir um adicional de US$ 250 milhões nos chamados empréstimos EB-5.
“O projeto continua a suscitar entusiasmo dos investidores e estamos satisfeitos por ter a flexibilidade para levantar capital adicional e desenvolver uma propriedade ainda mais dinâmica e valiosa para todas as nossas partes interessadas,” disse David Orowitz, diretor administrativo da L&L Holding, uma das principais parceiras do projeto TSX, por e-mail.
A L&L não quis comentar sobre os detalhes das alterações do empréstimo. O Goldman preferiu não comentar.
Aposta em recuperação
O investimento em propriedades comerciais despencou em Manhattan, com o varejo, escritórios e hotéis atingidos por medidas de distanciamento social.
A Times Square, em particular, foi atingida por pela pandemia que reduziu as viagens, mantendo em casa a enxurrada de turistas e funcionários de escritórios que normalmente inundam a área.
O TSX deve ser concluído em dois anos. A L&L Holding, junto com o parceiro Fortress Investment Group, estão promovendo o projeto como o “futuro da Times Square”, com mais de 600 quartos de hotel e o único palco externo permanente na área.
O Goldman Sachs forneceu empréstimo de US$ 1,1 bilhão para a construção em 2018. O Fundo de Imigração dos EUA, que agrupa os empréstimos EB-5 de investidores estrangeiros, já havia concedido um empréstimo intermediário de US$ 494 milhões para o projeto.
O programa ajuda investidores estrangeiros a conseguirem vistos em troca de apoio a projetos de criação de empregos.
Foi um programa lento até a crise financeira, quando os incorporadores olharam para o exterior enquanto as fontes tradicionais de capital doméstico secavam.
O EB-5 foi criado para promover o investimento em áreas rurais, bem como em locais urbanos com alto desemprego. Mas distritos desregulados permitiram que o financiamento fluísse para negócios que nem sempre deram certo para os investidores estrangeiros, que podem esperar anos para ver o retorno de seu capital.