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Projeto Libra não foi “pivô” para bancos centrais se interessarem em CBDCs, afirma BIS

25 jun 2020, 13:38 - atualizado em 25 jun 2020, 13:38
Bis
Em um capítulo divulgado esta semana de seu relatório anual, o BIS afirmou que o projeto Libra não ocasionou o interesse em CBDCs, e sim a proposta de inovação da tecnologia cripto (Imagem: REUTERS/Arnd Wiegmann)

Em novo capítulo do relatório sobre pagamentos digitais, o Banco de Compensações Internacionais (BIS, na sigla em inglês) nega que o projeto Libra, impulsionado pelo Facebook, foi a causa pela qual órgãos governamentais se interessaram em emitir moedas centrais de bancos centrais (CBDCs).

“O que é o projeto Libra 2.0?”

BIS afirma que bancários começaram a ter interesse em CBDCs porque sua tecnologia apresenta uma oportunidade única para a moldar o futuro dos pagamentos.

“A emissão de uma CBDC não é uma reação às propostas de ‘stablecoin’ dos criptoativos e do setor privado, e sim uma iniciativa com foco tecnológico dos bancos centrais para buscar inúmeros objetivos políticos públicos de uma só vez”, disse o BIS.

Stablecoins podem melhorar
o bem-estar da população

O capítulo do relatório fornece uma explicação alternativa à repentina aceleração dos programas-piloto de CBDCs, contratações, estudos e grupos de pesquisa, sugerida pelo anúncio do projeto Libra.

Assim, segundo a CoinDesk, o BIS parece considerar CBDC como um produto para regulamentação monetária e controle.

O banco afirma que uma CBDC pode favorecer a inclusão social, garantir segurança para pagamentos digitais, aumentar a eficiência de pagamentos financeiros, bem como encorajar a inovação na indústria cripto.

“CBDCs têm o potencial de ser a próxima etapa na evolução do dinheiro”, afirmou o banco.

Segundo o site do BIS, o relatório anual completo será publicado na próxima terça-feira, 30 de junho.

Confira, abaixo, o capítulo “Bancos centrais e pagamentos na era digital” publicado esta semana pelo BIS: