Projeto que corta 30% do custo logístico do etanol entra em Comissão da Câmara
A Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados tentará votar pela segunda vez, nesta quarta (30), a pauta que procura baratear o etanol aos consumidores brasileiros. É o Projeto de Decreto Legislativo (PDC) 978/18, que os produtores brasileiros, especialmente sob defesa dos nordestinos, esperam que tenha o voto em separado favorável, do deputado federal Elias Vaz (PSB/GO), para desequilibrar a disputa.
O relator da Comissão, deputado Edio Lopes (PL-RR), contrário à venda direta de etanol aos postos – que mantém as distribuidoras no mercado, mas abrindo para as usinas também atenderem diretamente o varejo -, faltou na última tentativa de votação justamente para evitar o voto em separado, como prevê o regimento da Câmara.
“Se tivesse votado no dia 16, ganharíamos a votação pela venda direta”, fala Alexandre Andrade Lima, presidente da Federação dos Plantadores de Cana do Brasil (Feplana). O dirigente lembra que o voto do relator contrariou os pareceres eminentemente técnicos do Cade, da ANP e da Secretaria da Fazenda.
Lima, também presidente da AFCP, de Pernambuco, espera contar com o apoio dos deputados novamente, em especial dos líderes partidários do PP (Arthur Lira), PSD (André de Paula) e do PSB (Tadeu Alencar), nos trabalhos da Comissão hoje.
Sobre a defesa do pleito pela venda direta, segundo ele, “está a economia logística, não só a economia de transporte do etanol, mas o custo de transacional entre unidade industrial-transportador-distribuidora-postos será diminuído significativamente, cortando um elo da cadeia”.
O exemplo é estudo da Esalqlq Log, no estado de São Paulo, cuja a economia em logística chegaria a 30% com a venda direta.
Portanto, é percentual ficaria muito bem para os consumidores não sendo mais composto nos preços.