Projeção de alta de 1,5% do PIB inclui desaceleração no 2º semestre com aperto monetário, diz secretário
A projeção oficial de alta do PIB (Produto Interno Bruto) de 1,5% em 2022 já considera efeitos do aperto monetário implementado pelo Banco Central, disse nesta quinta-feira o secretário de Política Econômica do Ministério da Economia, Pedro Calhman, mencionando previsão de “leve desaceleração” no segundo semestre deste ano.
“O efeito está incluído, a projeção já considera impacto das condições financeiras mais restritivas, com desaceleração leve do crescimento no segundo semestre e manutenção ao longo de 2023”, disse o secretário.
Em boletim divulgado nesta quinta, a pasta manteve suas projeções para crescimento do PIB de 1,5% em 2022 e 2,5% em 2023.
Nas últimas semanas, o Banco Central incluiu em seus cenários o risco de o ciclo de alta na taxa básica de juros causar uma desaceleração da atividade a partir do segundo semestre, podendo também provocar um recuo da inflação.
Isso ocorreria no segundo semestre por causa da defasagem sobre a economia do efeito da política monetária, que entrou em campo contracionista recentemente.
O ministro da Economia, Paulo Guedes, que também participou da apresentação do boletim, disse acreditar que ainda é possível ter surpresas positivas ao longo deste ano, o que levaria a alta do PIB a patamar superior ao de 1,5%.
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