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Proibição de bitcoin nos EUA seria “tolice”, afirma representante da SEC

09 abr 2021, 12:01 - atualizado em 09 abr 2021, 12:01
Peirce é um dos nomes mais conhecidos quando o assunto é favorabilidade em relação às criptomoedas nos EUA (Imagem: Twitter/Hester Peirce)

E se o governo americano viesse a banir o bitcoin (BTC)? Isso seria “tolice”, segundo Hester Peirce, representante da Comissão de Valores Mobiliários e de Câmbio dos EUA (SEC, na sigla em inglês) e muitas vezes chamada de “criptomãe”, dada a sua postura positiva em relação a esse mercado.

Em participação ao evento “Investindo em Cripto” do MarketWatch, Peirce reiterou sua opinião de que os EUA está atrás do restante do mundo quando o assunto é regulamentação de criptomoedas, noticia o Decrypt.

Ela espera que, com a chegada de Gary Gensler, o novo presidente da SEC, o país possa ir na direção certa.

Eu acredito que passamos desse ponto [de banir o bitcoin nos EUA] muito rapidamente porque você teria de desligar a internet.

Eu não sei como seria possível bani-lo. Você com certeza poderia tentar. Seria muito difícil impedir as pessoas disso [de negociar bitcoin]. Então eu acho que seria uma tolice para o governo tentar fazer isso.

Na realidade, proibir criptomoeda seria muito difícil, pois a tecnologia irá ultrapassar as tentativas do governo em limitar o uso do bitcoin pois, com o acesso à internet, as pessoas conseguirão baixar o software da carteira Bitcoin, operar um nó e realizar transações.

Peirce acrescentou que o governo dos EUA está “atrás da curva” na regulação cripto.

Vimos outros países tomarem o que eu chamaria de abordagem mais produtiva. Realmente precisamos mudar essa situação.

[…] Estou otimista com um novo presidente, com um profundo conhecimento desses mercados, que é algo que podemos fazer juntos: construir uma boa estrutura regulatória.

Peirce afirmou não saber se o país irá aprovar um fundo negociado em bolsa (ETF) de bitcoin tão cedo, já que a SEC é conhecida por nunca ter concedido a aprovação para nenhum produto — algo do qual Peirce já reclamou no passado.