Profissionais 50+ fora do mercado: Como empresas estão lidando com o etarismo
Em uma pesquisa realizada pela Robert Half, em parceria com a Labora, foi constatado que 70% das empresas no Brasil contrataram poucos ou nenhum profissional 50+ nos últimos dois anos.
O estudo mostrou, no entanto, que 48% das organizações brasileiras adotaram programas que valorizam a diversidade geracional e estão empenhadas em exercer boas práticas desde o recrutamento desse grupo.
Um bom começo apontado é o treinamento de conscientização para promover a importância da diversidade geracional. Além disso, outros pontos foram destacados pelo estudo como painéis de entrevista diversificados, entrevistas mais estruturadas, revisão nos anúncios de vagas e diversificação de plataformas de recrutamento.
Mesmo adotando essas práticas, 80% dessas empresas ainda não estabeleceram métricas que, de fato, avaliem o sucesso de suas iniciativas.
“Mesmo que o despertar das empresas para o tema esteja acontecendo, a velocidade desta conscientização ainda é mais lenta que a evolução e a representação dos 50+ na sociedade”, avaliou o estudo.
Inversão da pirâmide etária no Brasil
O mundo está cada vez mais velho. A taxa global de fertilidade caiu de 3,2 nascimentos por mulher em 1990 para 2,5 em 2019, segundo Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais da ONU. A tendência de queda de natalidade deve continuar para 2,2 nascimentos por mulher em 2050.
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Além da taxa menor de natalidade, o aumento da expectativa de vida faz com que a pirâmide etária nos países se invertam, fazendo com que a população mais velha supere a mais nova.
Segundo dados do IBGE, a população com 50 anos ou mais representam hoje mais de 25% da população e 22% da força de trabalho no Brasil.